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Celebrem aniversário da revolução pacificamente, diz Mursi

Mursi fez pedido em discurso que ofereceu na instituição muçulmana de Al-Azhar no Cairo por ocasião do feriado religioso e na véspera do segundo aniversário da revolução


	Mohamed Mursi: "Peço a todo o povo egípcio que celebre a ocasião do aniversário da revolução, que coincide com o nascimento do profeta, de uma maneira civilizada e pacífica"
 (Alberto Pizzoli/AFP)

Mohamed Mursi: "Peço a todo o povo egípcio que celebre a ocasião do aniversário da revolução, que coincide com o nascimento do profeta, de uma maneira civilizada e pacífica" (Alberto Pizzoli/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2013 às 17h52.

Cairo - O presidente egípcio, Mohammed Mursi, pediu nesta quinta-feira que a população celebre o segundo aniversário da revolução, que este ano coincide com o nascimento do profeta muçulmano Maomé, de forma "civilizada e pacífica".

Mursi fez este pedido em discurso que ofereceu na instituição muçulmana de Al-Azhar no Cairo por ocasião do feriado religioso e na véspera do segundo aniversário da revolução de 25 de janeiro de 2011.

"Peço a todo o povo egípcio que celebre a ocasião do aniversário da revolução, que coincide com o nascimento do profeta, de uma maneira civilizada e pacífica para proteger nossa pátria, nossos espíritos, nossas ruas e todo nosso país", afirmou Mursi.

A oposição não islamita deve organizar amanhã várias passeatas em direção à emblemática Praça Tahrir, epicentro da revolução, para insistir nos objetivos destas revoltas populares que causaram o fim do regime de Hosni Mubarak.

Em seu discurso, divulgado ao vivo pela televisão estatal egípcia, Mursi voltou a convidar a todas as partes a participar de um diálogo nacional, que está boicotado pela oposição não islamita.


Além disso, pediu a todos os partidos políticos que deem a prioridade à mulher em suas listas eleitorais para os próximos pleitos parlamentares.

No final de seu discurso, Mursi reconheceu que os resultados de seu trabalho não são totalmente satisfatórios e que ele mesmo espera uma melhora da situação de segurança no país e o fim da corrupção, entre outros objetivos.

"Temos que respeitar as regras da democracia e condenamos a violência nas diferenças políticas", assegurou.

Manifestantes e policiais se enfrentaram hoje com pedras e coquetéis molotov nos arredores de Tahrir, depois que grupos de revolucionários tentaram em várias ocasiões derrubar um muro de cimento colocado pelo Exército há semanas.

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