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Dia Internacional do Gato: o que é preciso para adotar um pet em São Paulo?

Veja os principais comprometimentos e ONGs da capital paulista para adotar um gatinho como pet

Proteger os gatos vai além de impedir que sejam vítimas de maus-tratos nas ruas (Divulgação/Getty Images)

Proteger os gatos vai além de impedir que sejam vítimas de maus-tratos nas ruas (Divulgação/Getty Images)

Luiza Vilela
Luiza Vilela

Repórter de POP e Redatora da Homepage

Publicado em 8 de agosto de 2023 às 15h36.

Última atualização em 8 de agosto de 2023 às 21h39.

Orelhas pontudas, focinho gelado e patinhas peludas são, muitas vezes, irresistíveis. É por isso que os gatos estão entre os animais de estimação mais amados pelos humanos: é difícil resistir à fofura desses bichinhos.

Embora ainda pouco compreendidos, especialmente por serem pets bem diferentes dos cachorros, eles dominam o lar das pessoas: são, ao todo, mais de 600 milhões de gatos domésticos no mundo, segundo estudo da Ecology Global Network.

Apesar de tão presentes na casa das pessoas, muitas vezes, os gatos estão expostos à irresponsabilidade e à maldade humana. Foi por isso que, desde 2002, a International Fund for Animal Welfare tornou o dia 8 de agosto no Dia Internacional do Gato, data criada para conscientização e proteção desses pets.

Proteger os gatos, no entanto, vai além de impedir que sejam vítimas de maus-tratos nas ruas. Na verdade, é necessário que haja uma adoção responsável desses pets: um lugar de acolhimento, com o que for preciso para que o animal tenha um ambiente saudável e seguro. Veja abaixo o que é necessário para adotar um gatinho, segundo especialista em Medicina Felina:

O que é preciso para adotar um gato?

Dos milhares de gatos domésticos do mundo, uma parcela considerável está nas ruas e outra dentro de ONGs e instituições à espera de uma adoção responsável. E ainda que seja mais simples adotar um gatinho do que adotar um cachorro, algumas ações são necessárias para se ter esses pets em casa — e de maneira segura.

"A adoção responsável é um compromisso significativo, mas também é uma experiência gratificante que traz alegria e companheirismo para a vida de ambos, o humano e o animal de estimação", diz o veterinário Rogério Moraes, especialista em Medicina felina e Nefrologia.

A primeira delas é compreender que lugar de gato de estimação é dentro de casa. "A decisão de permitir que um gato doméstico tenha acesso à rua depende das circunstâncias individuais, da área em que você vive e dos riscos que você está disposto a assumir em relação à segurança e saúde do seu gato", explica Rogério. "A rua apresenta muitos perigos, incluindo tráfego de veículos, predadores, doenças transmitidas por outros animais, pessoas mal-intencionadas e riscos ambientais. Gatos que têm acesso à rua estão expostos a esses perigos, o que pode diminuir sua expectativa de vida e qualidade de vida".

Tela de proteção (Divulgação/Getty Images)

Colocar telas nas janelas antes de receber o gato

O primeiro passo para uma adoção responsável é "telar" todo o ambiente. Gatos são animais que gostam de explorar o ambiente — e têm preferência por lugares altos, como janelas, topos de armários e prateleiras.

Colocar telas de proteção nas janelas da casa impede tanto que eles tenham acesso à rua quanto que caiam de um andar alto. "Certifique-se de que as janelas estejam seguras para evitar quedas acidentais. Use telas ou redes para proteger o gato de riscos potenciais", acrescenta Rogério.

O tipo de tela também importa: elas precisam ter uma trama menor, para que o gato não fique preso nela ou a ultrapasse.

O veterinário ainda adverte a importância de além das telas, também investir na identificação. "Coloque uma coleira com identificação e, se possível, considere a colocação de um microchip no gato para ajudar a identificá-lo em caso de perda", explica.

Por fim, ele lembra a importância do conforto. "Ofereça ao gato um local confortável para descansar e se abrigar. Isso pode incluir camas aconchegantes, cobertores ou travesseiros em locais tranquilos".

Caixinha de areia (Divulgação)

Caixinha de areia grande

Outra necessidade para se ter um gatinho é comprar uma caixinha de areia grande o suficiente para comportá-lo. O comprimento precisa ser maior do que o gato, contando com o rabo, e a largura precisa permitir que o animal consiga se movimentar dentro da caixa. Vale lembrar que a altura também é importante: quanto maior, melhor.

"Mantenha uma caixa de areia limpa e acessível para que o gato possa fazer suas necessidades. Lembre-se de manter a caixa em um local tranquilo e longe da área de alimentação", complementa Rogério.

Ração seca (Divulgação/Getty Images)

Alimentação saudável

A alimentação do gato é diferente da dos cachorros. Isso porque os gatos precisam de refeições compostas por ração seca e úmida (o famoso sachê), porque naturalmente consomem pouca água ao longo do dia.

"Forneça uma dieta equilibrada e de alta qualidade, adequada à idade, peso e necessidades nutricionais do gato. Certifique-se de que sempre haja água fresca e limpa disponível", complementa o especialista.

Na hora de comprar a ração seca, se possível, é bom dar preferência para as opções premium ou superpremium, que contém menos aditivos artificiais e promovem uma alimentação mais saudável. Para os sachês, as marcas com menos sódio são preferenciais — mas o importante é oferecer uma comida úmida.

Água em abundância (Divulgação/Getty Images)

Água em abundância

Como os gatos não costumam beber tanta água, os veterinários indicam que o líquido seja oferecido em vários locais da casa. Além de potinhos espalhados pelos cômodos, é válido o investimento em fontes de água corrente, que instigam a curiosidade dos animais.

A cute black and white 10 week old kitten plays in a sunny domestic environment. He looks up with curiosity as a child holds a ball above him. (Divulgação/Getty Images)

Atenção e comprometimento

É um fato que os gatos são animais mais independentes dos que os cachorros, mas nem por isso eles precisam de pouca atenção: para gastar energia, esses animais precisam brincar, correr e ter companhia.

"Gatos são animais sociais, embora muitos possam ser independentes. Se possível, considere adotar dois gatos para proporcionar companhia um ao outro", recomenda Rogério.

Para adotar um gatinho é necessário o comprometimento de dar atenção a eles sempre que possível, brincar e oferecer espaço para que possam correr e explorar o ambiente no qual estão inseridos.

"Reserve tempo diário para brincar e interagir com o gato. Isso fortalece os laços e ajuda a manter o gato feliz e socializado. Criar espaços verticais para o gato explorar, como prateleiras ou móveis altos também é bom, isso ajuda a simular o ambiente natural do gato e oferece oportunidades para se exercitar e observar", complementa o veterinário.

Cuidados especiais e focos de atenção

O especialista em Medicina felina alerta, ainda, alguns cuidados para novos donos de gatos. Há uma série de produtos, plantas e alimentos que podem ser prejudiciais para seu novo amigo de quatro patas - e é necessário atenção na hora de preparar o ambiente para receber o pet.

"Certifique-se de conhecer bem o seu gatinho, observar seu comportamento e manter a casa livre de itens potencialmente perigosos para garantir a segurança e o bem-estar do seu felino de estimação. Se você suspeitar que seu gato tenha ingerido algo prejudicial, entre em contato com o veterinário imediatamente", alerta ele o veterinário.

Veja abaixo objetos, alimentos e produtos químicos que o veterinário recomenda atenção:

Plantas tóxicas

"Algumas plantas domésticas podem ser venenosas para gatos, como lírios, azaleias, heras e antúrios. Pesquise quais plantas são seguras e evite aquelas que são potencialmente tóxicas", explica Rogério. "Algumas plantas domésticas também têm pontas afiadas que podem causar ferimentos se o gato mastigá-las"

Produtos Químicos

"Mantenha produtos de limpeza, inseticidas, pesticidas, fertilizantes e outros produtos químicos fora do alcance do gato. Eles podem causar envenenamento se ingeridos ou entrarem em contato com a pele do animal", alerta.

Medicamentos

"Mantenha medicamentos humanos e veterinários fora do alcance do gato. Alguns medicamentos podem ser tóxicos em doses inadequadas", pontua Rogério.

Alimentos tóxicos

"Muitos alimentos humanos são prejudiciais para gatos, incluindo chocolate, cebola, alho, uvas, passas, cafeína e álcool. Além disso, evite dar alimentos processados ou ricos em gordura ao seu gato", comenta o especialista.

Objetos pequenos e diversos

"Fios elétricos e fios soltos podem ser mastigados e causar choque elétrico ou asfixia. Mantenha-os fora do alcance do gato ou use proteções para mantê-los seguros. Itens pequenos, como elásticos, clipes, brinquedos pequenos e jóias, também podem ser engolidos pelo gato, levando a obstruções intestinais", salienta Rogério.

Ele destaca atenção, ainda, a plásticos e sacolas, fios de lã e brinquedos pequenos.

Produtos lácteos

"A maioria dos gatos é intolerante à lactose, o que pode causar problemas digestivos. Evite dar leite ou produtos lácteos ao seu gatos", conclui Rogério.

Onde adotar um gato em São Paulo?

Assim como funciona com cachorros, é possível comprar gatos com raças definidas, ou adotar os sem raça definida que estão alocados em abrigos, em busca de um novo tutor e um lar seguro. Em São Paulo, existem algumas ONGs e instituições com gatinhos de todas as idades para a adoção, confira:

Vito e Carmela

O Centro de adoção Vito e Carmela fica localizado na rua Pamplona, 1481, zona central de São Paulo. O local oferece adoção tanto de gatos quanto de cachorros. Para adotar, é necessário preencher um formulário, que garante que o novo tutor fará uma adoção responsável do animal.

A maior parte dos gatinhos já vem castrados, vacinados e testados para FIV e Felv, duas doenças graves para os felinos.

Catland

A Catland é uma instituição exclusiva para gatos que promove o resgate de animais de rua e a adoção responsável dos felinos. Para adotar, é necessário garantir a proteção de saídas e rotas de fugas, comprovar condições financeiras para manter o animal, morar em São Paulo e assinar um termo de responsabilidade.

A maior parte dos gatinhos já vem castrados, vacinados e testados para FIV e Felv.

Adote um gatinho

A ONG Adote Um Gatinho já tem uma história: são 20 anos auxiliando no resgate de animais e na adoção responsável, com mais de 17 mil animais doados. Os animais são castrados e vacinados antes da doação e eles aceitam tutores tanto da capital paulista quando da região do ABC. Além da adotar, a ONG também oferece a possibilidade de apadrinhamento dos felinos.

Antes de adotar, é necessário assinar um formulário de responsabilidade. A maior parte dos gatinhos já vem castrados, vacinados e testados para FIV e Felv.

Mundo Gato

A Mundo Gato também oferece gatos de todas as idades para adoção, mas os animais só são liberados mediante à assinatura de um termo de responsabilidade. A entrega do gato é feita pessoalmente após vistoria do imóvel e avaliação das condições de moradia a serem oferecidas.

A maior parte dos gatinhos já vem castrados, vacinados e testados para FIV e Felv.

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