No mínimo seis caracteres, pelo menos uma letra, necessariamente um número, uma letra maiúscula e uma minúscula e um caracter especial. Está ficando cada vez mais difícil criar uma senha. E o problema é que elas são pedidas em quase tudo, bancos, transações financeiras, para entrar nas redes sociais, no e-mail, para fazer logins em sites de compra.
E para piorar, não é recomendado que você use a mesma senha para tudo, porque pode ser perigoso e mais fácil de roubarem seus dados e acessos. E não adianta negar porque eu sei que boa parte de vocês faz isso. Mas e se você nunca mais precisasse usar uma senha? No #examinando de hoje vamos te mostrar que a previsão é de que outros métodos de segurança substituam os tão difíceis seis caracteres.
Quem nunca criou a senha “123456” ou “novasenha” que atire a primeira pedra. Mas calma que você não está sozinho nessa. “123456” é a senha mais usada no mundo há uns bons anos. A informação é da SplashData, uma companhia de segurança da informação que divulga todo ano a lista das 10 senhas mais usuais. Em segundo lugar está a combinação 12345678. A explicação para essas serem as senhas mais usadas é simples, são combinações muito fáceis de serem lembradas. O problema é que elas também são super fáceis de serem descobertas e no fim das contas você não está nada seguro.
Se você reparar, nos últimos tempos têm aparecido cada vez mais etapas em que é preciso provar que você é você mesmo quando vai fazer login em algum lugar. Empresas como Google e Yahoo!, aceitaram que o usuário nunca vai aprender a criar uma senha forte e se esforçam em desenvolver métodos de autenticação. São mensagens no celular, códigos enviados por e-mails e às vezes até ligações com uma chave de acesso.
A Microsoft, por exemplo, criou um banco de dados com as senhas mais comuns, e impede que o usuário use essas chaves. Há uns três anos, o governo dos Estados Unidos publicou um relatório com boas práticas para criar senhas. No documento eles sugerem que as pessoas usem trechos de livros ou de músicas no lugar de senhas mirabolantes ou com combinações de números, caracteres especiais e outras exigências.
Mas só provar que você é você mesmo não basta, você também precisa provar que não é um robô. Sim, é por isso que você precisa selecionar todas as imagens de faixas de pedestres, ou todos os semáforos, ou os carros quando tenta entrar em um sistema. Isso acontece porque na internet existem muitos algoritmos que podem se passar por pessoas, não só para acessar sistemas, mas também criando perfis falsos em redes sociais.
E será que mesmo com uma senha elaborada nossos dados e acessos estão realmente protegidos? De cada dez transações realizadas por dispositivos móveis em 2019, nove foram bloqueadas como tentativas de fraude. É por essas e outras que tem várias pessoas por aí criando outros métodos de identificação digital.
Ou seja, sistemas que vão substituir e acabar com as senhas. Um desses sistemas é um método muito inusitado. A sua localização. Basicamente, o local em que você está é a sua senha. A tecnologia, denominada de biometria comportamental por localização foi criada por uma startup brasileira, a Incognia.
O sistema funciona com um conjunto de códigos de programação que é baixado quando uma pessoa instala um aplicativo no celular e permite rastrear sua localização. Com isso, se o cliente de um banco mora em São Paulo e faz uma transferência no interior de Goiás, por exemplo, a instituição pode fazer uma checagem adicional antes de autorizar aquela operação. Nesse caso específico, o objetivo é oferecer mais segurança ao mercado de pagamentos.
Segundo a empresa, a tecnologia de localização permite criar uma identidade digital para cada pessoa com base em seu comportamento físico. Para alguém conseguir roubar sua identidade digital, teria que ir aos mesmos lugares e no mesmo momento que você, entrando em seu escritório ou em sua casa, por exemplo.
Alternativas mais comuns e que já são bem usuais hoje em dia são os aplicativos de autenticação. O usuário cadastra ele uma vez e não precisa digitar senhas para fazer login. Geralmente o app é protegido por leitura de digitais ou escaneamento de face. Já os gerenciadores de senhas são outro sistema e costumam funcionar com qualquer site. Eles criam senhas fortes automaticamente, guardam os códigos na nuvem e preenchem formulários de login sem precisar digitar nada.
Ainda tem umas opções mais científicas para substituir as senhas. Seriam a biometria cerebral e o DNA. Programas de análises genéticas seriam usados para conferir que você é você. Mas a alternativa tem um problema: se um hacker invadir um servidor e roubar o padrão da biometria,você não pode alterá-la como uma senha comum. O segundo método é chamado de “senha cerebral”.
Seria um código criado a partir de ondas cerebrais geradas ao visualizar um conjunto de imagens. O problema dessa alternativa é a aplicação na prática. Seria necessário um scanner cerebral instalado no computador. A parte boa é que é a prova de hackers. Em caso de invasão, o usuário poderia resetar a senha e visualizar um novo conjunto de imagens que o problema estaria resolvido. Mas essas últimas alternativas para as senhas ainda não foram implementadas e por enquanto são apenas estudadas. Mas a mudança já está aí e muitas outras opções inovadoras vão chegar. E talvez um dia você não precise mais de senhas.
Espero que vocês tenham gostado de mais esse Examinando. Não esqueçam de curtir e compartilhar o vídeo e seguir a Exame nas redes sociais.