Videogame vira remédio para "olho preguiçoso"
O mundo da brincadeira se uniu ao da saúde quando a Ubisoft revelou game para tablets desenvolvido para tratar condição médica, conhecida como "olho preguiçoso"
Da Redação
Publicado em 3 de março de 2015 às 22h09.
San Francisco - O mundo da brincadeira se uniu ao da saúde quando a empresa Ubisoft revelou nesta terça-feira um videogame para tablets desenvolvido especialmente para tratar uma condição médica chamada ambliopia, também conhecida como "olho preguiçoso".
A gigante francesa dos videogames criou o jogo "Dig Rush" em colaboração com a startup de tecnologia para saúde Amblyotech, utilizando uma técnica patenteada por inventores da universidade McGill, do Canadá.
"É uma boa amostra do impacto positivo que a tecnologia dos videogames pode ter em nossa sociedade", disse o produtor-chefe da Ubisoft, Mathieu Ferland.
O jogo ataca a ambliopia, condição oftálmica geralmente confundida com o estrabismo, em que o olho de uma pessoa fica fora de sincronia com o cérebro. A condição afeta 3% da população mundial e, se não for tratada, pode causar cegueira de um dos olhos, segundo o chefe-executivo da Amblyotech, Joseph Koziak.
"Quando você olha alguém que sofre desta doença, um olho aparece visualmente desalinhado em comparação ao outro", disse Koziak.
A ambliopia faz com que um olho seja muito menos útil que o outro. Para se ajustar à situação, o cérebro responde suprimindo a informação visual proveniente deste olho e confia apenas no que o olho saudável enxerga, explicou Koziak.
Quando esta situação se prolonga, o fato de que o cérebro só processe a informação do olho bom acaba na perda total da percepção do olho debilitado.
O jogo "Dig Rush" força ambos os olhos a participar do ato de olhar para poder jogar o jogo. Os personagens, os times e os cenários estão postos sobre um fundo que pode ser vermelho ou azul, e os jogadores devem usar óculos que filtram uma cor ou outra dependendo do olho.
"A única maneira de jogar este jogo é forçando o paciente a usar ambos olhos", explicou Ferland. "Este tratamento treina o cérebro na utilização dos dois olhos".
O jogo, uma prescrição médica
A startup Amblyotech está buscando a aprovação das agências reguladoras norte-americanas para que o "Dig Rush" seja prescrito pelos médicos e que provedores de saúde pública forneçam tablets como ferramentas para o tratamento e controle do progresso.
Os testes mostraram que o "Dig Rush" é 90% eficaz na melhoria da visão das pessoas que sofrem da condição, segundo o presidente da empresa, Robert Derricotte.
Os tratamentos atuais são relativamente ineficientes e envolvem um tampão que a pessoa usa no olho dominante, a fim de forçar o olho debilitado a trabalhar o cérebro. Mas isso deixa os pacientes sem percepção 3D, explicou Derricotte.
"Os médicos têm prescrito tampões aos pacientes há 200 anos. Esta é uma maneira radicalmente nova de tratar a ambliopia".
O preço do jogo ainda não foi divulgado.
Koziak ressaltou que o "Dig Rush" é o primeiro de uma nova série de tratamentos que usam tablets em substituição aos métodos médicos tradicionais.
"Vejo este tablet como a seringa do futuro, mas nessa usamos um equipamento visual para administrar o remédio no paciente", comparou Koziak.
"Ainda que isto seja para um transtorno ocular, haverá outras condições médicas no futuro que poderão ser tratadas através deste tipo de método".
San Francisco - O mundo da brincadeira se uniu ao da saúde quando a empresa Ubisoft revelou nesta terça-feira um videogame para tablets desenvolvido especialmente para tratar uma condição médica chamada ambliopia, também conhecida como "olho preguiçoso".
A gigante francesa dos videogames criou o jogo "Dig Rush" em colaboração com a startup de tecnologia para saúde Amblyotech, utilizando uma técnica patenteada por inventores da universidade McGill, do Canadá.
"É uma boa amostra do impacto positivo que a tecnologia dos videogames pode ter em nossa sociedade", disse o produtor-chefe da Ubisoft, Mathieu Ferland.
O jogo ataca a ambliopia, condição oftálmica geralmente confundida com o estrabismo, em que o olho de uma pessoa fica fora de sincronia com o cérebro. A condição afeta 3% da população mundial e, se não for tratada, pode causar cegueira de um dos olhos, segundo o chefe-executivo da Amblyotech, Joseph Koziak.
"Quando você olha alguém que sofre desta doença, um olho aparece visualmente desalinhado em comparação ao outro", disse Koziak.
A ambliopia faz com que um olho seja muito menos útil que o outro. Para se ajustar à situação, o cérebro responde suprimindo a informação visual proveniente deste olho e confia apenas no que o olho saudável enxerga, explicou Koziak.
Quando esta situação se prolonga, o fato de que o cérebro só processe a informação do olho bom acaba na perda total da percepção do olho debilitado.
O jogo "Dig Rush" força ambos os olhos a participar do ato de olhar para poder jogar o jogo. Os personagens, os times e os cenários estão postos sobre um fundo que pode ser vermelho ou azul, e os jogadores devem usar óculos que filtram uma cor ou outra dependendo do olho.
"A única maneira de jogar este jogo é forçando o paciente a usar ambos olhos", explicou Ferland. "Este tratamento treina o cérebro na utilização dos dois olhos".
O jogo, uma prescrição médica
A startup Amblyotech está buscando a aprovação das agências reguladoras norte-americanas para que o "Dig Rush" seja prescrito pelos médicos e que provedores de saúde pública forneçam tablets como ferramentas para o tratamento e controle do progresso.
Os testes mostraram que o "Dig Rush" é 90% eficaz na melhoria da visão das pessoas que sofrem da condição, segundo o presidente da empresa, Robert Derricotte.
Os tratamentos atuais são relativamente ineficientes e envolvem um tampão que a pessoa usa no olho dominante, a fim de forçar o olho debilitado a trabalhar o cérebro. Mas isso deixa os pacientes sem percepção 3D, explicou Derricotte.
"Os médicos têm prescrito tampões aos pacientes há 200 anos. Esta é uma maneira radicalmente nova de tratar a ambliopia".
O preço do jogo ainda não foi divulgado.
Koziak ressaltou que o "Dig Rush" é o primeiro de uma nova série de tratamentos que usam tablets em substituição aos métodos médicos tradicionais.
"Vejo este tablet como a seringa do futuro, mas nessa usamos um equipamento visual para administrar o remédio no paciente", comparou Koziak.
"Ainda que isto seja para um transtorno ocular, haverá outras condições médicas no futuro que poderão ser tratadas através deste tipo de método".