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Venda de bolsas de luxo usadas pode render até US$ 50 mil

Vendas de "luxo usado" estão crescendo porque mercados online permitem a consumidores obcecados por grifes reciclar e comprar mais por menos

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2014 às 22h01.

Paris - Dois anos atrás, Marie Green, uma estilista de moda de San Diego, estava ficando sem espaço no guarda-roupa. Ela gastava entre US$ 12.000 e US$ 20.000 por ano em roupas , bolsas e sapatos exclusivos – mas não podia vestir todos.

Então ela descobriu a RealReal, uma revendedora online de roupas e acessórios de luxo .

“Literalmente mudou a minha vida”, disse Green, quem vendeu mais de US$ 50.000 em mercadorias no site e faz boa parte das suas compras na mesma página na internet.

No ano passado, ela comprou uma bolsa Louis Vuitton de edição limitada por US$ 1.495, cerca de metade do preço de varejo. Green diz que agora ela gasta entre US$ 6.000 e US$ 10.000 por ano em indumentária exclusiva.

“É uma edição constante do meu guarda-roupa”, disse ela.

As vendas de bens de luxo usados estão crescendo porque mercados online, entre eles a RealReal e a Vestiaire Collective, com sede em Paris, permitem a consumidores obcecados por grifes reciclar suas roupas caras e comprar mais por menos.

O mercado de indumentária, acessórios, relógios e joias de segunda mão vale cerca de US$ 19 bilhões, segundo Claudia D’Arpizio, sócia da Bain.

Os bens e roupas de couro, que representam US$ 4 bilhões desse mercado, estão crescendo mais rapidamente do que o total do setor de luxo.

“Passamos de uma época em que possuíamos bens a vida toda para outra na qual desfrutamos das coisas, as usamos e as liberamos”, disse Fanny Moizant, uma das fundadoras da Vestiaire.

Ela estima que 80 por cento das mulheres britânicas tenham roupas que já não vestem nos seus armários e diz que essas roupas valem cerca de 10 bilhões de libras esterlinas (US$ 16 bilhões).

Compradores impacientes

A RealReal, fundada em 2011 em São Francisco, teve uma receita de US$ 55 milhões em 2013 e prognosticou que alcançará US$ 100 milhões neste ano.

A empresa tem um aplicativo chamado RealBook, que lista os valores de reventa para mais de 500 marcas, alimentado por dados dos sites das grifes e dos bens vendidos até o momento.

Os preços de alguns produtos, como a bolsa Kelly da Hermès International SCA, feita de pele de jacaré, podem superar o preço de varejo quando compradores impacientes os querem imediatamente.

Os sites listam preços e detalhes e ganham uma comissão com cada venda: a Vestiaire leva 25 por cento; a RealReal obtém 40 por cento a princípio, depois 30 por cento quando um remetente chega a US$ 7.500 em vendas.

O que diferencia esses sites da EBay Inc. são as medidas tomadas por eles para autenticar bens.

A RealReal possui uma equipe de especialistas em luxo que examina os itens e garante sua autenticidade antes de serem colocados à venda.

O mercado secundário também é bom para produtores de bens de luxo, disse D’Arpizio, já que reduz a culpa sentida pelos ricos por gastarem milhares de dólares em algo que fica em um guarda-roupa, e ajuda a promover as grifes exclusivas, mesmo que afete as vendas em lojas e em outros vendedores com descontos.

“Comprar e vender bens de luxo de segunda mão era tabu há uma década”, diz Yann Le Floc’h, ex-banqueiro do Exane BNP Paribas, quem foi um dos fundadores da revendedora online InstantLuxe em Paris em 2009. “Agora é considerado algo inteligente”.

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Paris - Dois anos atrás, Marie Green, uma estilista de moda de San Diego, estava ficando sem espaço no guarda-roupa. Ela gastava entre US$ 12.000 e US$ 20.000 por ano em roupas , bolsas e sapatos exclusivos – mas não podia vestir todos.

Então ela descobriu a RealReal, uma revendedora online de roupas e acessórios de luxo .

“Literalmente mudou a minha vida”, disse Green, quem vendeu mais de US$ 50.000 em mercadorias no site e faz boa parte das suas compras na mesma página na internet.

No ano passado, ela comprou uma bolsa Louis Vuitton de edição limitada por US$ 1.495, cerca de metade do preço de varejo. Green diz que agora ela gasta entre US$ 6.000 e US$ 10.000 por ano em indumentária exclusiva.

“É uma edição constante do meu guarda-roupa”, disse ela.

As vendas de bens de luxo usados estão crescendo porque mercados online, entre eles a RealReal e a Vestiaire Collective, com sede em Paris, permitem a consumidores obcecados por grifes reciclar suas roupas caras e comprar mais por menos.

O mercado de indumentária, acessórios, relógios e joias de segunda mão vale cerca de US$ 19 bilhões, segundo Claudia D’Arpizio, sócia da Bain.

Os bens e roupas de couro, que representam US$ 4 bilhões desse mercado, estão crescendo mais rapidamente do que o total do setor de luxo.

“Passamos de uma época em que possuíamos bens a vida toda para outra na qual desfrutamos das coisas, as usamos e as liberamos”, disse Fanny Moizant, uma das fundadoras da Vestiaire.

Ela estima que 80 por cento das mulheres britânicas tenham roupas que já não vestem nos seus armários e diz que essas roupas valem cerca de 10 bilhões de libras esterlinas (US$ 16 bilhões).

Compradores impacientes

A RealReal, fundada em 2011 em São Francisco, teve uma receita de US$ 55 milhões em 2013 e prognosticou que alcançará US$ 100 milhões neste ano.

A empresa tem um aplicativo chamado RealBook, que lista os valores de reventa para mais de 500 marcas, alimentado por dados dos sites das grifes e dos bens vendidos até o momento.

Os preços de alguns produtos, como a bolsa Kelly da Hermès International SCA, feita de pele de jacaré, podem superar o preço de varejo quando compradores impacientes os querem imediatamente.

Os sites listam preços e detalhes e ganham uma comissão com cada venda: a Vestiaire leva 25 por cento; a RealReal obtém 40 por cento a princípio, depois 30 por cento quando um remetente chega a US$ 7.500 em vendas.

O que diferencia esses sites da EBay Inc. são as medidas tomadas por eles para autenticar bens.

A RealReal possui uma equipe de especialistas em luxo que examina os itens e garante sua autenticidade antes de serem colocados à venda.

O mercado secundário também é bom para produtores de bens de luxo, disse D’Arpizio, já que reduz a culpa sentida pelos ricos por gastarem milhares de dólares em algo que fica em um guarda-roupa, e ajuda a promover as grifes exclusivas, mesmo que afete as vendas em lojas e em outros vendedores com descontos.

“Comprar e vender bens de luxo de segunda mão era tabu há uma década”, diz Yann Le Floc’h, ex-banqueiro do Exane BNP Paribas, quem foi um dos fundadores da revendedora online InstantLuxe em Paris em 2009. “Agora é considerado algo inteligente”.

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