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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h37.
Pela primeira vez, a Microsoft se vê obrigada a alterar a concepção e a estratégia de vendas do sistema operacional Windows. A União Européia (UE) rejeitou ontem a tentativa da companhia de adiar as sanções já decididas em março deste ano.
De acordo com o jornal americano The Washington Post, Bo Vesterdorf, juiz presidente do segundo mais alto tribunal da UE, decidiu que a Microsoft não foi capaz de provar que sofrerá danos irreparáveis ao ser forçada a modificar o sistema antes de esgotar o processo de apelação, que pode consumir anos.
Pela determinação judicial, a gigante do software deve liberar duas versões do Windows para o mercado europeu. Uma inclui software para tocar música digital e vídeo, a outra não. As autoridades antitruste européias querem com isso dar aos concorrentes da Microsoft no segmento de programas de media-playing espaço para disputar mercado em computadores baseados em Windows (90% dos equipamentos em funcionamento no mundo). A versão enxuta do Windows não será comercializada fora da Europa, chega às lojas em fevereiro e não vai custar mais barato, segundo um executivo da empresa.
A Microsoft também deverá licenciar partes do código (as linhas de comandos, ou instruções básicas de um programa) de seu sistema operacional para servidores de rede e pagar a maior multa antitruste da história: mais de 600 milhões de dólares.