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Snowden diz que reformas justificam vazamento de dados

Ex-agente disse que mudanças que governo e empresas fizeram no gerenciamento de dados ajudam a justificar os vazamentos fez

Ex-agente da NSA Edward Snowden aparece em vídeo-conferência durante a South by Southwest em Austin, no Texas (David Paul Morris/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de março de 2014 às 17h44.

Austin - O ex-prestador de serviços de segurança dos Estados Unidos Edward Snowden , disse que as mudanças que o governo e empresas privadas norte-americanos fizeram no gerenciamento de grandes quantidades de dados ajudam a justificar os vazamentos que ele fez de material sigiloso.

Falando através de um link de vídeo da Rússia para uma multidão de aficionados por tecnologia e que o veem com simpatia, na conferência South by Southwest em Austin, no Estado do Texas, Snowden acrescentou que o governo dos EUA ainda não tem ideia de qual material ele forneceu aos jornalistas.

"Eu vi que a Constituição foi violada em grande escala", disse Snowden, sob aplausos, acrescentando que suas revelações sobre a espionagem de comunicações privadas resultaram em proteções que beneficiaram o público e a sociedade mundial.

No ano passado, Snowden, que estava trabalhando em uma unidade da Agência de Segurança Nacional como empregado da empresa Booz Allen Hamilton, divulgou uma série de documentos secretos que revelaram um vasto sistema do governo dos EUA de monitoramento de dados de telefone e de Internet.

Os vazamentos causaram grande constrangimento ao governo do presidente Barack Obama, que em janeiro proibiu que os EUA espionem líderes de países amigos e aliados e começou a estabelecer controle sobre a ampla coleta de dados telefônicos de norte-americanos, em uma série de reformas limitadas desencadeadas pelas revelações de Snowden.

Grandes empresas também reforçaram sua segurança, mas Snowden disse que isso ainda não é suficiente para proteger adequadamente a privacidade.

"O governo vem mudando os aspectos em discussão. Eles mudaram seu palavreado, se distanciando do interesse público e passando para o interesse nacional", disse ele, acrescentando que isso pode trazer o risco de perda do controle da democracia representativa.

Para muitos no governo e na Agência de Segurança Nacional, Snowden, com mandado de prisão emitido para o caso de pisar em solo norte-americano, é um traidor que comprometeu a segurança dos Estados Unidos. Mas, para boa parte dos presentes na conferência, ele é um herói que protegeu a privacidade e as liberdades civis.

"Para mim, Snowden é um patriota que acredita que o que ele fez foi o melhor para o interesse de seu país", disse Roeland Stekelenburg, diretor criativo da Infostrada, empresa holandesa de Internet.

Snowden fugiu para Hong Kong e depois para a Rússia, onde atualmente vive asilado. A Casa Branca quer que ele retorne aos Estados Unidos para responder a processo.

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Austin - O ex-prestador de serviços de segurança dos Estados Unidos Edward Snowden , disse que as mudanças que o governo e empresas privadas norte-americanos fizeram no gerenciamento de grandes quantidades de dados ajudam a justificar os vazamentos que ele fez de material sigiloso.

Falando através de um link de vídeo da Rússia para uma multidão de aficionados por tecnologia e que o veem com simpatia, na conferência South by Southwest em Austin, no Estado do Texas, Snowden acrescentou que o governo dos EUA ainda não tem ideia de qual material ele forneceu aos jornalistas.

"Eu vi que a Constituição foi violada em grande escala", disse Snowden, sob aplausos, acrescentando que suas revelações sobre a espionagem de comunicações privadas resultaram em proteções que beneficiaram o público e a sociedade mundial.

No ano passado, Snowden, que estava trabalhando em uma unidade da Agência de Segurança Nacional como empregado da empresa Booz Allen Hamilton, divulgou uma série de documentos secretos que revelaram um vasto sistema do governo dos EUA de monitoramento de dados de telefone e de Internet.

Os vazamentos causaram grande constrangimento ao governo do presidente Barack Obama, que em janeiro proibiu que os EUA espionem líderes de países amigos e aliados e começou a estabelecer controle sobre a ampla coleta de dados telefônicos de norte-americanos, em uma série de reformas limitadas desencadeadas pelas revelações de Snowden.

Grandes empresas também reforçaram sua segurança, mas Snowden disse que isso ainda não é suficiente para proteger adequadamente a privacidade.

"O governo vem mudando os aspectos em discussão. Eles mudaram seu palavreado, se distanciando do interesse público e passando para o interesse nacional", disse ele, acrescentando que isso pode trazer o risco de perda do controle da democracia representativa.

Para muitos no governo e na Agência de Segurança Nacional, Snowden, com mandado de prisão emitido para o caso de pisar em solo norte-americano, é um traidor que comprometeu a segurança dos Estados Unidos. Mas, para boa parte dos presentes na conferência, ele é um herói que protegeu a privacidade e as liberdades civis.

"Para mim, Snowden é um patriota que acredita que o que ele fez foi o melhor para o interesse de seu país", disse Roeland Stekelenburg, diretor criativo da Infostrada, empresa holandesa de Internet.

Snowden fugiu para Hong Kong e depois para a Rússia, onde atualmente vive asilado. A Casa Branca quer que ele retorne aos Estados Unidos para responder a processo.

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