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Relatório da ONU exige fim do monopólio americano sobre a internet

Controle dos domínios da rede, atualmente, é exercido por instituição privada dos EUA, sediada na Califórnia

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h29.

A pressão para que os domínios da internet (endereços eletrônicos para acessar os sites) deixem de ser controlados pelos Estados Unidos está crescendo. A Organização das Nações Unidas (ONU) recebeu, nesta terça-feira (18/7), um relatório elaborado por 40 peritos de todo o mundo, em que o monopólio americano sobre a administração dos domínios é condenado.

Atualmente, todos os endereços de páginas eletrônicas do mundo são administrados, em última instância, pela Corporação para Atribuição de Nomes e Números na Internet (Icann, na sigla em inglês). Trata-se de uma instituição privada sem fins lucrativos, sediada na Califórnia. No ano passado, durante a Cúpula da Sociedade da Informação, em Genebra, a prática já havia sido duramente criticada. Alguns países, na ocasião, exigiram que a internet fosse gerida por uma nova entidade internacional, ligada à ONU. Entre essas nações, estavam China, Brasil, Índia e Quênia.

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"A internet é o bem-chave para o crescimento da economia e da educação", afirma Paulo Lima, diretor-executivo da organização não-governamental Rede de Informações do Terceiro Setor (Rits). Por isso, a rede mundial de computadores deve ser entendida como um bem público, segundo Lima.

A centralização do Icann sobre os domínios também tem implicações para quem usa a internet como ferramenta de negócios. Segundo Lima, os países da América Latina chegam a pagar 14 vezes mais pelo uso do serviço, porque ele é originário, em última análise, dos Estados Unidos.

Com informações da Agência Brasil.

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