Tecnologia

Programa de monitoramento faz empresas perderem negócios

A The Cloud Security Alliance anunciou que 10% de seus membros fora dos EUA cancelaram contratos com provedores americanos


	Computador: algumas companhias indicaram que seus clientes estrangeiros estão menos propensos a confiar em empresas americanas após as revelações.
 (Mikhail Popov/Stock Exchange)

Computador: algumas companhias indicaram que seus clientes estrangeiros estão menos propensos a confiar em empresas americanas após as revelações. (Mikhail Popov/Stock Exchange)

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Da Redação

Publicado em 24 de julho de 2013 às 17h19.

Washington - As revelações sobre o vasto programa do governo americano de monitoramento das comunicações começaram a afetar o setor de tecnologia do país, de acordo com uma pesquisa sobre a indústria divulgada esta semana.

A The Cloud Security Alliance (CSA) anunciou que 10% de seus membros fora dos Estados Unidos cancelaram contratos com provedores americanos de sistema de arquivos virtuais e dados, enquanto 56% disseram que estão menos propensos a recorrer a uma empresa americana.

A pesquisa foi realizada on-line entre 25 de junho e 9 de julho, após as revelações do programa de monitoramento das comunicações telefônicas de milhões de americanos e da coleta de dados de pessoas no exterior, com o objetivo declarado de evitar qualquer ataque terrorista.

A CSA recebeu um total de 456 respostas de seus membros, dos quais cerca da metade são de outros países. A aliança possui cerca de 48 mil membros individuais e corporativos no setor de segurança e outros negócios baseados na internet.

As empresas de tecnologia dos Estados Unidos pediram ao governo mais detalhes sobre o programa PRISM e demais sistemas de coleta de dados, afirmando que o papel das empresas tem sido mal interpretado.

Algumas companhias indicaram que seus clientes estrangeiros estão menos propensos a confiar em empresas americanas após as revelações.

Do total das empresas consultadas, 36% indicaram que as revelações dificultaram o fechamento de novos negócios fora dos Estados Unidos, enquanto 64% acreditam o oposto.

Dos membros consultados, 91% disseram que as empresas devem ser autorizadas a divulgar informações resumidas sobre os dados fornecidos à Agência de Segurança Nacional (NSA) ou a outras agências do governo americano.

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