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Pelas redes sociais, egípcios registram massacre no Cairo

Na última quarta-feira, forças oficiais tentaram desalojar manifestantes à força, gerando confrontos que deixaram pelo menos 638 mortos e mais de 4 mil feridos

Foto exibe corpos alocados em mesquita do Egito: pela internet, cidadãos registraram massacre cometido na capital do país, Cairo, contra partidários de Mohamed Mursi (Reprodução/Twitter)

Foto exibe corpos alocados em mesquita do Egito: pela internet, cidadãos registraram massacre cometido na capital do país, Cairo, contra partidários de Mohamed Mursi (Reprodução/Twitter)

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Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2014 às 07h56.

São Paulo - Se em 2011 as redes sociais se tornaram uma ferramenta importante para disseminar os ideais da Primavera Árabe no Egito, os serviços online voltaram a ocupar uma posição de destaque para a vida política do país nesta semana.

Pela internet, cidadãos registraram o massacre cometido na capital do país, Cairo, contra partidários do ex-presidente Mohamed Mursi.

Simpatizantes de Mursi, que foi deposto do cargo no último mês de julho, se reúniram em acampamentos para protestar contra o golpe militar. Na última quarta-feira, as forças oficiais tentaram desalojar os manifestantes à força, gerando confrontos que deixaram pelo menos 638 mortos e mais de 4 mil feridos.

No Twitter, os egípcios compartilharam fotos e relatos do conflito. Imagens enviadas do interior de algumas mesquitas exibiam corpos de manifestantes que se aglomeravam pelo salão. Outras mensagens afirmavam que a polícia teria usado munição real contra os partidários de Mursi, ao contrário da versão oficial do governo de que as forças utilizaram apenas balas de borracha.

Na última quinta-feira, o governo egípcio autorizou o uso de munição letal contra aqueles que tentarem atacar os representantes oficiais de segurança do país. Em resposta, a Irmandade Muçulmana, entidade a que o ex-presidente Mursi é filiado, convocou um "dia de fúria" para esta sexta-feira, que já deixou pelo menos 50 mortos.

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