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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h20.
Após anos ganhando dinheiro com a venda de copiadoras e impressoras, a Xerox está repensando sua estratégia de longo prazo. Um dos filões em que a companhia investe com mais otimismo é o de prestação de serviços. Entre as fontes de receita, estão o treinamento dos clientes para melhorar a gestão de seu fluxo de documentos. A iniciativa foi agrupada, há três anos, numa unidade de negócios chamada de Xerox Global Services.
As receitas da unidade está crescendo cerca de 20% ao ano. Espera-se que, em 2009, elas atinjam 6 bilhões de dólares. Se depender do desempenho do segundo trimestre deste ano, a meta pode ser alcançada antes, já que o faturamento da Global Services aumentou 36%. Apesar disso, a área respondeu por apenas 2% das receitas totais do período, que somaram 3,853 bilhões de dólares. Com mais dinheiro em caixa, a Xerox está em busca de novas aquisições para reforçar a unidade de prestação de serviços, conforme o americano The Wall Street Journal.
"Quando analisamos onde estão nossas futuras oportunidades, duas opções igualmente fortes são os serviços e a transição para os documentos em cores", disse a executiva-chefe da Xerox, Anne Mulcahy, ao jornal americano. Investir na prestação de serviços é a mesma estratégia adotada por outros concorrentes, como a Hewlett-Packard, a Lexmark e a Ikon Office Solutions. Também foi apostando neste tipo de negócio que a IBM conseguiu renascer.
Isso não significa que a Xerox irá abandonar a área de equipamentos. Pelo contrário: a empresa espera que, atrás da prestação de serviços, venha o aumento das vendas de máquinas. Mas o vínculo entre os dois negócios pode não ser tão forte assim. A McGraw-Hill Construction, empresa do grupo homônimo, é um exemplo das dificuldades da Xerox para alavancar as vendas de equipamentos a partir da prestação de serviços. A McGraw-Hill mantém um contrato de quatro anos pelo qual a Xerox é responsável pela cópia e arquivamento de cerca de 20 milhões de documentos da empresa.
Antes da parceria, a McGraw-Hill mantinha 160 funcionários apenas para esta tarefa. O acordo permitiu que a empresa economizasse cerca de 25% em despesas operacionais. Mas nem por isso a companhia está mais animada em adquirir equipamentos da Xerox. O vice-presidente da McGraw-Hill, Mark Kent, diz que já foi procurado pela xerox várias vezes, mas que "não está interessado".