Tecnologia

Organizado via redes sociais, protesto contra o governo Dilma começa em Brasília e no Rio

Os manifestantes começam a se concentrar na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, e na Esplanada dos Ministérios, em Brasília

brasilia (Getty Images)

brasilia (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de março de 2015 às 07h47.

Começaram na manhã deste domingo, no Rio de Janeiro e em Brasília, as manifestações contra o governo da presidente Dilma Rousseff.

Os manifestantes começam a se concentrar na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, e na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

Na capital federal, os manifestantes usam, predominantemente, camisas amarelas e reúnem-se ao redor de um carro de som.

As manifestações contrárias à presidente Dilma Rousseff, com previsão de protestos em pelo menos 50 cidades, foram convocadas pelas redes sociais. A maioria dos grupos organizadores defende o impeachment, usando como argumentos uma suposta corrupção no governo, o escândalo da Petrobras e os altos custos com impostos e tarifas, entre outras reclamações.

Além de cidades como São Paulo, que conta com mais de 100 mil pessoas confirmadas em evento no Facebook, e Rio de Janeiro e Brasília, também com milhares de participantes esperados, há manifestações agendadas para diversas outras capitais e locais no exterior, como Londres, Boston e Sidney.

Apesar de os organizadores afirmarem que os movimentos não estão ligados a partidos políticos, legendas de oposição declararam adesão aos protestos.

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), derrotado por Dilma na eleição presidencial do ano passado, convocou a militância tucana para ir às ruas protestar, ressalvando, porém, que o impeachment não faz parte da agenda do partido.

O governo de Dilma enfrenta um quadro de inflação cada vez mais alta, atividade econômica fraca, piora no mercado de trabalho e turbulência política com a base governista.

A esse quadro, soma-se o maior escândalo de corrupção envolvendo a Petrobras, ao qual estão ligados funcionários, políticos e partidos e as maiores empreiteiras do país.

Sempre que questionada sobre as manifestações populares, como o panelaço em várias capitais durante seu pronunciamento na TV no domingo passado, Dilma tem repetido que fazem parte da democracia. A presidente diz, no entanto, ser contra atos violentos e já declarou que para pedir impeachment é preciso haver razões.

"Eu acho que há que caracterizar razões para o impeachment, e não o terceiro turno das eleições", declarou a presidente.

Com as manifestações deste domingo, Dilma se junta a outros dois presidentes que enfrentaram protestos populares no período da redemocratização: Fernando Collor de Mello e Fernando Henrique Cardoso.

Collor acabou sofrendo o impeachment, enquando Fernando Henrique reverteu em parte a baixa popularidade do início de seu segundo mandato, superando inclusive uma campanha com ampla participação de petistas que tinha o slogan "Fora FHC".

(Reportagem de Caio Saad, Pedro Fonseca e Leonardo Goy)

 

Acompanhe tudo sobre:INFOInternetRedes sociais

Mais de Tecnologia

Apagão cibernético afetou 8,5 milhões de computadores da Microsoft

Uber apresenta instabilidade no app nesta sexta-feira

Zuckerberg diz que reação de Trump após ser baleado foi uma das cenas mais incríveis que já viu

Companhias aéreas retomam operações após apagão cibernético

Mais na Exame