Oi diz que números de outubro e novembro indicam 3º tri como ponto de inflexão do negócio
A receita líquida das operações no Brasil somou 2,33 bilhões de reais, alta de 3,7%
Da Redação
Publicado em 15 de dezembro de 2014 às 07h49.
A operadora de telecomunicações Oi disse nesta segunda-feira que os resultados preliminares de outubro e novembro confirmam o posicionamento da companhia de que o terceiro trimestre seria o ponto de inflexão do negócio.
A Oi informou que, pela média mensal dos resultados não auditados dos dois primeiros meses do quarto trimestre, a receita líquida das operações no Brasil somou 2,33 bilhões de reais, alta de 3,7% sobre a média mensal do terceiro trimestre.
Já o lucro mensal médio antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de rotina no Brasil chegou a 544 milhões de reais, alta de 3,8% na comparação com a média mensal do trimestre anterior.
Após ter encerrado o terceiro trimestre com uma dívida líquida de 47,8 bilhões de reais, a Oi disse que a venda da PT Portugal Telecom SGPS à Altice, ainda pendente de aprovação dos acionistas, e a venda de mais um lote de torres móveis concluída em dezembro irão reduzir significativamente sua alavancagem, fortalecendo sua flexibilidade financeira.
"A conclusão da venda da PT Portugal permite que a Oi participe do processo de consolidação do setor no Brasil, avaliando criteriosamente todas as alternativas disponíveis, com o objetivo de identificar a estrutura mais eficiente em termos de geração de valor", afirmou a empresa, em referência à transação de 7,4 bilhões de euros.
A operadora revelou mais cedo neste ano a contratação do BTG Pactual para atuar como comissário no desenvolvimento de alternativas para viabilizar uma oferta pela rival TIM Participações, controlada pela Telecom Italia.
A TIM, por sua vez, também tem apontado o desejo de atuar como protagonista no processo de consolidação do mercado brasileiro. No entanto, fontes informaram à Reuters na semana passada que a controladora italiana da companhia não tem pressa para agir em relação à Oi, possível alvo de aquisição.
O Conselho de Administração da Telecom Italia pediu ao presidente-executivo, Marco Patuano, no mês passado, que examinasse a viabilidade de uma associação entre sua subsidiária no país, a TIM, e a Oi, sem estabelecer um prazo para um retorno.
A Telecom Italia está buscando uma fatia de 51% na companhia combinada, e documentos analisados pelo seu Conselho no mês passado mostraram potenciais sinergias de até 9 bilhões de euros (11 bilhões de dólares) com a operação.
Nesta segunda-feira, a Oi afirmou que é "uma das três empresas integradas no Brasil e está muito bem posicionada para enfrentar os desafios do setor e capturar as oportunidades do mercado, alavancando a convergência através da oferta de pacotes completos de serviços para o cliente".
"A extensa infraestrutura da Oi, apoiada em uma rede de fibra com mais de 300 mil quilômetros com uma alta capacidade de transmissão, é um ativo estratégico único para suportar o crescimento dos serviços de voz, vídeo e dados fixos e móveis no país", completou a companhia.
Respondendo por um quinto dos lucros da Telecom Italia, a TIM é a segunda maior operadora de rede móvel no Brasil, atrás da Vivo, que pertence à Telefónica, mas a empresa carece de uma rede fixa, que é um dos grandes trunfos da Oi no país.
(Por Marcela Ayres)