O novo MusicMatch é da pesada

Todos sabem que o terreno das jukeboxes é o cenário da rivalidade digna de Corinthians e Palmeiras entre o Windows Media Player, da Microsoft, e o RealJukebox, da Real. Mas quem corre por fora com pinta de campeão é o novo MusicMatch Jukebox 7, da MusicMatch. A versão Plus do programa oferece um leque de recursos diferenciados para tentar conquistar fissurados por MP3 dispostos a desembolsar 19,99 dólares por um pacote completo para mexer com som no computador. O MusicMatch cativa tanto pela abundância de recursos como pela bela interface, que fica anos-luz à frente dos concorrentes em termos estéticos.

O módulo de criação de CDs, o Burner Plus, mostra serviço tanto na facilidade de uso para queimar CDs de áudio como na hora de produzir o backup de gigabytes de MP3. A seleção de faixas para gravação de CDs de áudio é feita a partir das playlists do usuário ou simplesmente arrastando e soltando no Burner Plus os arquivos exibidos na janela do acervo de áudio do MusicMatch ou mesmo no Windows Explorer. No caso de CDs de MP3, a ferramenta Smart Split prepara vastos acervos de faixas para a gravação, dividindo a coleção de forma a otimizar o espaço disponível em cada CD-R. Uma novidade é o suporte a gravadores de DVD-R.

O MusicMatch 7 conta com um antídoto para a praga dos MP3 com volumes diferentes, incômodo enfrentado por quem monta álbuns pescando arquivos pela web e acaba reunindo dezenas de MP3 com origens e bitrates diferentes. O responsável por normalizar os arquivos é o recurso Volume Levelling. Uma ótima notícia para os donos de tocadores de MP3 portáteis é que as correções de volume continuam valendo mesmo quando os arquivos são transferidos pelo MusicMatch para os aparelhinhos.

Outra melhoria está no sistema de identificação de faixas. Como todo programa de áudio que se preze, o MusicMatch faz a identificação online dos CDs consultando o banco de dados musical CDDB e adicionando as informações (artista, álbum, nome da faixa etc.) às tags dos MP3. A novidade está no sistema Deferred CDDB Lookup. Caso o micro esteja offline, a identificação não é feita no momento, porém o programa guarda as informações dos CDs. Na primeira oportunidade em que o MusicMatch for aberto novamente com o micro online, ele entra em contato com o CDDB, confere os dados de identificação das músicas e preenche as tags dos MP3 após a benção do usuário. O processo nem sempre é 100% garantido, mas costuma dar certo na maioria dos casos em que o CD consta na base do CDDB. Dados adicionais e correções podem ser feitos com o editor de tags. A ferramenta permite agregar aos arquivos de MP3 imagens, como as capas dos CDs, letras, observações e links.

Na hora de ripar os MP3 ou colocar o som para rolar, o MusicMatch não decepciona, mas não chega a brilhar. O player e o codificador trabalham apenas com os formatos de áudio MP3, WMA e Wave. Ou seja, músicas digitalizadas nos formatos de áudio MP3Pro, Ogg Vorbis e VQF não têm vez no MusicMatch. O sistema de rádios online também não prima pela variedade, ficando atrás do Windows Media Player e do RealJukebox neste quesito. Apesar disso, funciona muito bem e conquista o usuário com o capricho nos detalhes. Um deles é exibição da capa do CD no player durante a reprodução dos seus canais de áudio. Outro é a facilidade para criar estações de rádio baseadas em suas preferências pessoais.

Vale lembrar que também existe uma versão gratuita, básica, do MusicMatch Jukebox 7. Nesta, player, codificador e sintonizador de rádio funcionam normalmente, mas os recursos extras ou estão bloqueados ou funcionam por tempo limitado. Ou seja, para quem não faz questão de todo o arsenal da versão Plus, a básica é mais do que satisfatória. Ambas as versões são em inglês. A Plus pode ser puxada de www.uol. com.br/ info/ aberto/ download/ 2187.shl e a básica, de www.uol. com.br/ info/ aberto/ download/ 753.shl.

Veja mais sobre jukeboxes
em www.uol.
com.br/ info/ aberto/ download/ wcat20_1.shl