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Novo material solar pode converter 90% da luz captada em energia

A novidade pode suportar temperaturas superiores a 700 graus celsius, permitindo que o material capture e absorva a luz solar de forma mais eficiente

Energia Solar (Reprodução)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2015 às 08h31.

Pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos EUA, desenvolveram um material de absorção solar que ajudará usinas de energia solar concentrada (CSP) a gerar mais eletricidade por mais tempo — o que pode ser uma alternativa viável aos combustíveis fósseis.

Originalmente, as usinas tradicionais queimam carvão ou combustível fóssil para gerar calor na forma de vapor. Esse vapor, em seguida, aciona uma turbina gigante que gera eletricidade a partir de fiações de ímãs e bobinas de fio condutor. Uma das mais promissoras tecnologias de energia limpa são usinas de CSP, que criam o vapor necessário para girar a turbina usando luz solar para aquecer o sal fundido.

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A maioria das usinas de CSP gera energia usando centenas de milhares grandes espelhos refletores, que concentram a luz solar em uma torre pintada com tinta preta de material de absorção de luz. A eletricidade gerada a partir da energia solar pode ser alimentada diretamente em nossa rede existente, e, como os espelhos podem ser usados para concentrar a luz mesmo em dias nublados, supera muitos dos problemas dos painéis solares.

Uma das desvantagens é que o material que usado atualmente degrada rapidamente e precisa ser reaplicado uma vez por ano, o que significa que as usinas de CSP são desligadas e nenhuma energia pode ser gerada naquele momento.

A novidade criada pelos pesquisadores americanos pode suportar temperaturas superiores a 700 graus celsius, permitindo que o material  capture e absorva a luz solar de forma mais eficiente. Ele também pode tolerar a exposição ao ar e umidade, o que lhe permite ‘sobreviver' por muitos anos em áreas externas. Mais importante, estas propriedades únicas permitem que o material converta mais de 90% da luz solar capturada em calor.

"Queríamos criar um material que absorvesse a luz solar e que não deixasse escapar nada dela", disse Sungho Jin, engenheiro e um dos pesquisadores, em um comunicado de imprensa. "Queremos o buraco negro da luz solar".

As usinas de CSP podem produzir cerca de 3,5 gigawatts/hora de energia por ano, o suficiente para abastecer mais de 2 milhões de casas. A tecnologia pode facilmente ser adicionada a usinas existentes, já que ambas usam o mesmo processo para gerar eletricidade.

A equipe continuará suas pesquisas aumentando ainda mais a vida útil do material, e com esperança de que a descoberta irá, finalmente, provar que a energia solar não é apenas uma fonte de energia mais barata e mais mais sustentável do que os combustíveis fósseis, mas também mais eficiente.

O estudo completo pode ser visto aqui.

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