kinsey
Da Redação
Publicado em 30 de março de 2014 às 07h20.
Esta história faz parte de uma série de relatos sobre Mulheres e Tecnologia. Para saber mais sobre como elas estão se mobilizando em uma indústria historicamente masculina, veja a edição da revista INFO de Março.
Nos últimos dois anos, a carreira da americana Kinsey Durham mudou radicalmente. De funcionária na área de comunicação de uma grande empresa, ela passou a programadora da sua própria startup. Era publicitária e me tornei engenheira de software. Logo eu, que nunca imaginei que poderia gostar de programação, diz.
Aos 23 anos, Kinsey fundou a Kubmo, empresa que pretende ajudar mulheres em países africanos a iniciar seus próprios negócios. Por meio de um kit, que inclui um telefone e aplicativos, a startup cria uma rede de apoio com mentores e as próprias mulheres das diferentes comunidades.
Hoje, além de empreender, ela trabalha como assistente em uma escolar de programação em Denver, no estado do Colorado. Surpreendentemente, mais de 40% de suas turmas é composta de mulheres. Muitas meninas se sentem inseguras em ambientes muito masculinos, especialmente quando ainda estão aprendendo a programar, diz Kinsey.
Segundo ela, é comum que mulheres nessa situação vivenciem o que chama de síndrome do impostor, a sensação de que elas não deveriam estar lá, e que alguém melhor merecia ocupar seu lugar. Uma forma de ajudar a construir a confiança seria frequentando eventos exclusivamente femininos. Kinsey também é coordenadora local de um desses movimentos, o Women Who Code, uma organização internacional que realiza encontros de programação só para mulheres.
O interesse não é à toa. O ponto de virada na carreira veio logo depois de Kinsey participar justamente de um desses workshops de programação. Percebi que eu podia criar o que quisesse. Mesmo que ainda tenha muito para aprender, vi como é importante que o empreendedor tenha esse conhecimento, diz Kinsey, que já tem outros dois projetos em andamento também voltados para a área de empreendedorismo social. Quero resolver problemas em países em desenvolvimento.
Veja mais sobre Mulheres & Tecnologia na revista INFO deste mês.