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Ler balanços? Só ouça!

A teleconferência começa a pegar na hora da divulgação dos resultados das empresas

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h39.

Os balanços financeiros publicados pelos jornais não são a única forma de ficar a par da saúde financeira das grandes empresas. Companhias como Petrobras, Embraer, Sadia, Gerdau, Bradesco, Itaú, Unibanco e Banco do Brasil já encontraram outras formas de tornar seus resultados disponíveis ao público. Uma delas é a teleconferência, conhecida também por conferece call em inglês. Essa modalidade de comunicação, que há um bom tempo vem sendo utilizada em reuniões fechadas, começa a ser explorada na publicação de resultados.

Mas, antes que você vire a página imaginando que teleconferência é coisa do passado, saiba que não se trata mais de uma simples conversa entre várias pessoas via telefone. Com o auxílio da tecnologia oferecida por empresas especializadas, as reuniões por telefone também estão na internet. Agora dá para ouvir os palestrantes pelo telefone e acompanhar os resultados por meio de gráficos e tabelas exibidos na tela de um computador. Existem pelo menos duas formas de exibir as transparências. No sistema Viewer Controller, é o espectador que faz a mudança das telas, de acordo com as informações recebidas do palestrante. No sistema Presenter Controller, o apresentador troca os slides automaticamente para todas as pessoas que estão assistindo à conferência.

Mas, já que a web está sendo usada, por que não dispensar de uma vez o telefone e adotar somente a internet? "Porque na hora de fazer perguntas e respostas o telefone ainda é a maneira mais ágil e eficiente de comunicação", afirma Helio Garcia, presidente da PRNewswire do Brasil, empresa de comunicação especializada em divulgar notícias e informações de grandes companhias.

Um detalhe: o uso do telefone é necessário somente para os participantes que fazem intervenções durante as apresentações. Quem apenas assiste à teleconferência pode fazer tudo unicamente acessando um endereço web, que é fornecido pelas empresas a todos os possíveis interessados (investidores, acionistas e analistas de mercado) com antecedência.

E qual é a tecnologia envolvida por trás de uma teleconferência? "É tudo muito simples", afirma Carlos Louro, superintendente da Wittel, empresa que oferece serviços para a realização de teleconferências. Lá eles utilizam uma central de comutação específica para a realização de teleconferência. Essa central é gerenciada por uma pessoa que faz o papel de mediador e utiliza um PC e um fone de ouvido para fazer o acompanhamento. Na hora marcada para a reunião, todos os interessados telefonam para um determinado número e automaticamente começam a ouvir uma gravação que dá todas as coordenadas para o acompanhamento do evento. Há um comando específico para pedir uma intervenção, outro para entrar na fila de perguntas, e outro ainda para abandonar a apresentação por alguns instantes.

Na PRNewswire a tecnologia é a mesma. A única diferença é que o sinal é enviado para um servidor nos Estados Unidos, que faz a distribuição para todos os telespectadores que estão acompanhando a apresentação via internet em tempo real. Isso pode ser feito utilizando players como Real One ou Windows Media.

Em geral, as empresas que fazem esse tipo de teleconferência para a divulgação de resultados deixam uma cópia do arquivo disponível na internet para qualquer outra pessoa que queira conferir os dados em outra ocasião. A Petrobras, por exemplo, reserva em seu site uma área especial para relações com investidores. Nela qualquer internauta pode acompanhar as teleconferências realizadas pela empresa. "Com essas apresentações ganhamos credibilidade e transparência junto a nossos acionistas e investidores. Quanto mais transparentes, melhor a nossa avaliação de risco e maior a valorização de nossos papéis", afirma Luis Fernando Nogueira, gerente executivo de relações com investidores da Petrobras. O gasto com a realização de uma teleconferência pode variar de 1,2 a 3 mil dólares, de acordo com o tipo de apresentação utilizada.

E a videoconferência?
Já que a internet é muito utilizada na teleconferência, por que então não realizar uma videoconferência, e explorar todas as possibilidades da rede? A resposta é simples: custo. Para realizar uma videoconferência e disponibilizar o vídeo para todo o público interessado, uma empresa terá, além dos gastos da transmissão, um custo adicional com a realização das filmagens. Além disso, será necessário um servidor mais robusto e uma banda de acesso mais poderosa. Enquanto o gasto com uma teleconferência varia entre 1,5 e 3 mil dólares, a transmissão do resultado através de videoconferência custa entre 15 e 20 mil dólares. Haja banda, e haja dinheiro.

Veja outras notícias sobre e-business em www.uol.com.br/info/aberto/infonews/negocios/index.shl

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Os balanços financeiros publicados pelos jornais não são a única forma de ficar a par da saúde financeira das grandes empresas. Companhias como Petrobras, Embraer, Sadia, Gerdau, Bradesco, Itaú, Unibanco e Banco do Brasil já encontraram outras formas de tornar seus resultados disponíveis ao público. Uma delas é a teleconferência, conhecida também por conferece call em inglês. Essa modalidade de comunicação, que há um bom tempo vem sendo utilizada em reuniões fechadas, começa a ser explorada na publicação de resultados.

Mas, antes que você vire a página imaginando que teleconferência é coisa do passado, saiba que não se trata mais de uma simples conversa entre várias pessoas via telefone. Com o auxílio da tecnologia oferecida por empresas especializadas, as reuniões por telefone também estão na internet. Agora dá para ouvir os palestrantes pelo telefone e acompanhar os resultados por meio de gráficos e tabelas exibidos na tela de um computador. Existem pelo menos duas formas de exibir as transparências. No sistema Viewer Controller, é o espectador que faz a mudança das telas, de acordo com as informações recebidas do palestrante. No sistema Presenter Controller, o apresentador troca os slides automaticamente para todas as pessoas que estão assistindo à conferência.

Mas, já que a web está sendo usada, por que não dispensar de uma vez o telefone e adotar somente a internet? "Porque na hora de fazer perguntas e respostas o telefone ainda é a maneira mais ágil e eficiente de comunicação", afirma Helio Garcia, presidente da PRNewswire do Brasil, empresa de comunicação especializada em divulgar notícias e informações de grandes companhias.

Um detalhe: o uso do telefone é necessário somente para os participantes que fazem intervenções durante as apresentações. Quem apenas assiste à teleconferência pode fazer tudo unicamente acessando um endereço web, que é fornecido pelas empresas a todos os possíveis interessados (investidores, acionistas e analistas de mercado) com antecedência.

E qual é a tecnologia envolvida por trás de uma teleconferência? "É tudo muito simples", afirma Carlos Louro, superintendente da Wittel, empresa que oferece serviços para a realização de teleconferências. Lá eles utilizam uma central de comutação específica para a realização de teleconferência. Essa central é gerenciada por uma pessoa que faz o papel de mediador e utiliza um PC e um fone de ouvido para fazer o acompanhamento. Na hora marcada para a reunião, todos os interessados telefonam para um determinado número e automaticamente começam a ouvir uma gravação que dá todas as coordenadas para o acompanhamento do evento. Há um comando específico para pedir uma intervenção, outro para entrar na fila de perguntas, e outro ainda para abandonar a apresentação por alguns instantes.

Na PRNewswire a tecnologia é a mesma. A única diferença é que o sinal é enviado para um servidor nos Estados Unidos, que faz a distribuição para todos os telespectadores que estão acompanhando a apresentação via internet em tempo real. Isso pode ser feito utilizando players como Real One ou Windows Media.

Em geral, as empresas que fazem esse tipo de teleconferência para a divulgação de resultados deixam uma cópia do arquivo disponível na internet para qualquer outra pessoa que queira conferir os dados em outra ocasião. A Petrobras, por exemplo, reserva em seu site uma área especial para relações com investidores. Nela qualquer internauta pode acompanhar as teleconferências realizadas pela empresa. "Com essas apresentações ganhamos credibilidade e transparência junto a nossos acionistas e investidores. Quanto mais transparentes, melhor a nossa avaliação de risco e maior a valorização de nossos papéis", afirma Luis Fernando Nogueira, gerente executivo de relações com investidores da Petrobras. O gasto com a realização de uma teleconferência pode variar de 1,2 a 3 mil dólares, de acordo com o tipo de apresentação utilizada.

E a videoconferência?
Já que a internet é muito utilizada na teleconferência, por que então não realizar uma videoconferência, e explorar todas as possibilidades da rede? A resposta é simples: custo. Para realizar uma videoconferência e disponibilizar o vídeo para todo o público interessado, uma empresa terá, além dos gastos da transmissão, um custo adicional com a realização das filmagens. Além disso, será necessário um servidor mais robusto e uma banda de acesso mais poderosa. Enquanto o gasto com uma teleconferência varia entre 1,5 e 3 mil dólares, a transmissão do resultado através de videoconferência custa entre 15 e 20 mil dólares. Haja banda, e haja dinheiro.

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