iPhone X: smartphone é a maior mudanças no iPhone nos últimos 10 anos (David Paul Morris/Bloomberg)
Victor Caputo
Publicado em 31 de outubro de 2017 às 10h37.
Última atualização em 31 de outubro de 2017 às 11h09.
São Paulo – O iPhone X é uma das maiores mudanças no iPhone desde seu lançamento. O botão iniciar (aquele que ficava na frente do aparelho) foi aposentado para a chegada de uma tela que ocupa toda a porção frontal do smartphone. O leitor de digitais foi substituído por um leitor facial. E, não podemos esquecer, o preço subiu o suficiente para, pela primeira vez, atingir os 999 dólares. Mas o iPhone X é tudo isso mesmo?
As pré-vendas do aparelho começaram na última sexta-feira em alguns países—no Brasil, não. As primeiras unidades começarão a ser entregues somente no dia 3 de novembro. Mas as primeiras análises da imprensa especializada estão saindo e servem como um primeiro contato para entender como é usar o produto que representa a visão da Apple para o futuro dos smartphones.
Após uma reportagem da Bloomberg afirmar que a Apple sacrificava a perfeição na produção do iPhone X (em especial no sensor de desbloqueio por reconhecimento facial), parte da expectativa ficou em cima desse novo recurso.
As primeiras análises mostram que, apesar de não ser à prova de erros, o método funciona bem. Enquanto o site The Verge afirma que o processo de configuração é “ridiculamente simples”, a tradicional Wired relata ter tido dificuldades com essa tarefa.
Outro inconveniente da tecnologia, relatado por mais de um texto, é a necessidade de se olhar diretamente para a câmera frontal para que o desbloqueio ocorra. Agora, pense na sua rotina. Na mesa de trabalho, por exemplo, é mais prático desbloquear o aparelho ainda apoiado. Com o iPhone X, será preciso pegar o telefone e olhar para sua câmera.
As câmeras, como de costume, continuam sendo elogiadas. A tecnologia de desbloqueio de tela dá mais recursos para a câmera de selfies. É possível usar o modo retrato com essa câmera—antes, somente as câmeras traseiras tinham suporte. Esse modo desfoca o fundo, dando um visual de câmera DSLR para a imagem.
Na parte traseira, o iPhone X traz um jogo duplo de câmeras--com uma fazendo às vezes de zoom, aproximando do objeto da fotografia.
Pela primeira vez, a Apple usa um display OLED em seu iPhone. Os testes preliminares afirmam que a tela é a melhor já usada pela Apple. Foram elogiados brilho, nitidez e calibragem de cores.
Uma reclamação por parte de algumas pessoas após o anúncio do telefone foi sobre a faixa escura no topo da tela. Lá estão peças e sensores que fazem o Face ID funcionar. Para o The Verge, após algumas horas, a faixa passa a ser “invisível”. A análise, no entanto, relata alguns problemas, uma vez que desenvolvedores ainda não adaptaram seus apps para aquele “ponto cego”.
Apesar da grande tela, de 5,8 polegadas, o smartphone não é difícil de usar. O Washington Post afirma que "ele parece mais fácil de segurar do que seus antecessores".
As unidades de testes foram liberadas pela Apple com apenas 24 horas de antecedência nos Estados Unidos. Por conta disso, as análises ainda são bastante preliminares. Ao longo dos próximos dias, maiores detalhes sobre como é usar o iPhone X devem surgir.
De forma geral, apesar de apressadas, as análises são elogiosas ao iPhone X. O The Verge chama o produto de o melhor iPhone já feito. Mas a grande pergunta, ainda não respondida de forma objetiva pelos testes, é: ele vale os 999 dólares?