Tecnologia

Hackers pró-Assad atacam Financial Times na Internet

Site e o perfil do jornal no Twitter foram invadidos pelo "Exército Eletrônico Sírio", grupo de ativistas online que afirma apoiar o presidente sírio

Homem digita em teclado: grupo publicou links para um vídeo que mostra supostos rebeldes executando membros do Exército da Síria (Kacper Pempel/Reuters)

Homem digita em teclado: grupo publicou links para um vídeo que mostra supostos rebeldes executando membros do Exército da Síria (Kacper Pempel/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2013 às 12h58.

Londres - O site e o perfil do jornal britânico Financial Times (FT) no Twitter foram invadidos nesta sexta-feira, aparentemente pelo "Exército Eletrônico Sírio", um grupo de ativistas online que afirma apoiar o presidente sírio, Bashar al-Assad.

O grupo publicou links para um vídeo no YouTube na página de atualizações do jornal no Twitter. O vídeo foi enviado na quarta-feira e mostra supostos membros do grupo rebelde sírio Frente Nusra, ligado à Al Qaeda, executando membros do Exército da Síria que estavam ajoelhados e vendados. O vídeo não pôde ser verificado de forma independente.

Ataques de hackers a contas no Twitter de organizações de mídia provocaram apelos urgentes para o site de microblogs aumentar a segurança dos perfis, especialmente para agências de notícias.

"Vários blogs do FT e contas de mídia social foram comprometidos por hackers e estamos trabalhando para resolver o problema o mais rápido possível", afirmou o jornal em comunicado. O jornal pertence ao grupo de mídia e educação britânico Pearson.

Representantes do Twitter não estavam imediatamente disponíveis para comentar o assunto.

Reportagens no site do FT tiveram seus títulos substituídos por "Hackeado pelo Exército Eletrônico Sírio", e mensagens na página do jornal no Twitter diziam: "Você quer saber a verdade sobre os 'rebeldes' da Síria?", com um link para o vídeo no YouTube.

O grupo já havia direcionado ataques contra os perfis no Twitter do serviço de meteorologia da BBC, da Human Rights Watch e do serviço de notícias francês France 24.

No caso mais grave até agora, alguém assumiu controle da página no Twitter da agência de notícias Associated Press no mês passado e enviou uma mensagem falsa sobre explosões na Casa Branca. As mensagens chegaram a causar quedas nos mercados financeiros.

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