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Hacker teve acesso a mensagens entre funcionários da OpenAI

O invasor acessou sistemas internos da OpenAI e roubou detalhes sobre tecnologias da empresa, sem comprometer o código do ChatGPT

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 5 de julho de 2024 às 15h09.

Última atualização em 5 de julho de 2024 às 15h23.

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Um hacker conseguiu acessar os sistemas internos de comunicação da OpenAI, desenvolvedora do ChatGPT, expondo discussões sobre detalhes das tecnologias da empresa. No entanto, o invasor não teve acesso a outros sistemas nem aos códigos dos produtos da companhia.

As informações foram reveladas por duas pessoas com conhecimento do assunto, ouvidas pelo jornal The New York Times. Segundo elas, o incidente foi divulgado por executivos da OpenAI em uma reunião geral realizada nos escritórios de São Francisco, em abril de 2023.

A OpenAI decidiu não tornar o ataque público por vários motivos. Os executivos concluíram que nenhuma informação de consumidores ou parceiros foi roubada. Além disso, acreditam que o hacker agiu sozinho, sem envolvimento de governos, o que os levou a não comunicar o ocorrido ao FBI ou a outras autoridades.

Discordâncias internas e medidas de segurança

O último ponto gerou discórdia dentro da OpenAI. Funcionários temem que adversários dos EUA, como a China, possam roubar tecnologias de inteligência artificial, colocando em risco a segurança do país.

Leopold Aschenbrenner, então gerente técnico da OpenAI, enviou um memorando ao conselho de diretores da empresa, enfatizando a necessidade de melhorar a segurança para evitar riscos desse tipo. Recentemente demitido, Aschenbrenner acredita que sua saída teve motivações políticas, mas a OpenAI nega. “Embora compartilhemos do seu compromisso em construir uma IA geral segura, discordamos de muitas acusações que ele fez desde então sobre nosso trabalho”, declarou Liz Bourgeois, porta-voz da empresa, ao NYT.

Apesar das preocupações, estudos da OpenAI, Anthropic e outras empresas apontam que a IA, em seu estado atual, não representa um grande risco de segurança. No entanto, existe a possibilidade concreta de que a China supere os EUA no desenvolvimento da tecnologia, pois o país asiático forma quase metade dos principais cientistas de IA do mundo.

Especialistas alertam sobre não descartar os perigos da tecnologia. “Mesmo se os piores cenários forem pouco prováveis, se eles tiverem um impacto muito grande, é nossa responsabilidade levá-los a sério”, afirma Susan Rice, ex-conselheira de política interna de Barack Obama.

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