Tecnologia

Gasto em eletrônica de grande consumo cresceu 1% em 2014

Estimativa sobre o gasto mundial em 2014 destinado a smartphones, tablets, computadores, televisores e jogos de videogame chegou a 1,024 trilhão

Visitantes assistem à apresentação das Gear VR, óculos de realidade virtual da Samsung (Tobias Schwarz/AFP)

Visitantes assistem à apresentação das Gear VR, óculos de realidade virtual da Samsung (Tobias Schwarz/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de janeiro de 2015 às 09h46.

Las Vegas - O gasto mundial em eletrônica de consumo de massas cresceu apenas 1% em 2014, segundo um estudo divulgado antes da abertura nesta segunda-feira do salão anual do setor em Las Vegas.

A estimativa sobre o gasto mundial em 2014 destinado a smartphones, tablets, computadores, televisores e jogos de videogame chegou a 1,024 trilhão, segundo o instituto GfK e a Associação de Eletrônica de Consumo de massa (CEA).

O comportamento de acordo com cada tipo de produto é irregular, já que enquanto o mercado dos tablets cai, o dos smartphones e smart-tvs parece estar em alta.

Steve Koening, um dos economistas da CEA, explicou suas dúvidas sobre as perspectivas do setor em 2015, durante uma coletiva de imprensa em Las Vegas.

Mercados emergentes que ajudavam até agora a manter o crescimento mostram sinais de esgotamento: na América Latina, por exemplo, os gastos nestes produtos podem cair 5% neste ano, assim como nos mercados mais maduros da Europa ocidental.

"Temos um quatro muito misturado das perspectivas de gasto", disse Koenig. A demanda de tablets e smartphones cresce na Ásia, e mais modestamente nos Estados Unidos, enquanto se estanca no Japão e há expectativas modestas nas economias emergentes, como o Brasil.

Outra incerteza se refere a quanto tempo os aparelhos móveis ainda podem sustentar o setor. Os smartphones e os tablets ainda devem representar uma parte importante (46%) dos gastos mundiais em eletrônica de consumo de massa em 2015, mas não crescerão mais como antes.

As vendas de smartphones aumentarão apenas 19% neste ano, alcançando 1,51 bilhão de unidades, após os 28% de progressão registrados em 2014 e os 49% em 2013. Em dinheiro vivo, o crescimento será ainda menor: 9%, a 406,7 bilhões de dólares, após um aumento de 13% em 2014 e de 30% no ano anterior.

A queda dos preços unitários dos aparelhos, que pela primeira vez se situarão abaixo dos 300 dólares (a uma média de 275 dólares), seria uma das causas desta desaceleração, disse Koenig. Três quartos das unidades vendidas neste ano serão comercializadas nos países emergentes, destaca o relatório da CEA e do GfK.

Quanto aos tablets, embora em unidades vendidas será registrado um crescimento de 20% (a 337 milhões), em receitas haverá uma queda de 8%, a 61,9 bilhões de dólares, após outra diminuição, de 1%, em 2014.

O salão CES abre oficialmente suas portas na terça-feira e termina em 9 de janeiro.

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