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Galaxy Note 10.1

  Avaliação de Airton Lopes / Para provar que a configuração fortíssima, com chip de quatro núcleos, faz a diferença na execução simultânea de tarefas, o Galaxy Note 10.1 é capaz de dividir a tela e rodar dois aplicativos. O recurso pode ser usado na galeria de fotos, no browser, no player de vídeo, no […]

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Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2012 às 09h31.

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Avaliação de Airton Lopes / Para provar que a configuração fortíssima, com chip de quatro núcleos, faz a diferença na execução simultânea de tarefas, o Galaxy Note 10.1 é capaz de dividir a tela e rodar dois aplicativos. O recurso pode ser usado na galeria de fotos, no browser, no player de vídeo, no pacote Polaris Office, no e-mail e no S Note, aplicativo que aproveita o display e aceita anotações feitas com a caneta stylus. Pena a resolução do LCD não ser full HD.

Avaliação de Cauã Taborda / Com um hardware equilibrado e, em partes, já conhecido, o Galaxy Note 10.1 poderia ser considerado um tablet desnecessário, já que Samsung conta com o Galaxy Tab 2 em seu portfólio. No entanto, a adição da caneta S Pen, somada a uma ótima customização do Android, transformaram esse gadget em uma proposta mais completa e produtiva.

Apesar de a ideia de uma caneta stylus parecer antiquada, muitas vezes o uso com os dedos impede tarefas mais precisas, como cortar uma imagem com precisão, fazer anotações com velocidade com uma única mão e até mesmo clicar em um ponto exato em um site.

No papel o uso do Note 10.1 parece, de fato, muito mais completo e interessante do que o de uma mera plataforma para consumir revistas, livros e aplicativos. Mas será que ele consegue entregar essa experiência como promete?

 

Hardware

 

Um Galaxy Tab 2 com caneta. Essa parece a descrição ideal para a carcaça do Note 10.1, mas, por dentro, o cenário é completamente diferente. Equipado com um chipset Exynos 4412, com processador de 1,4 GHz e quatro núcleos, 2 GB de RAM e 16 GB de armazenamento interno, rodar aplicativos e jogos não será um problema.

 

A tela de 10,1 polegadas oferece a resolução de 1.280 por 800 pixels. Essa pode ser a maior crítica em relação às especificações do aparelho, já que há concorrentes da mesma faixa de preço com resolução full HD (1.080p). Mesmo sem o apelo de mais pixels, a imagem tem boa qualidade. Com um bom ângulo de visão, fidelidade nas cores (são favorecidos os tons frios) e brilho razoável, o aparelho segue a tradição da Samsung em oferecer boas plataformas para o consumo de vídeo. O player nativo oferece compatibilidade aos formatos MP4, WMV, AVI, MKV, FLV, DivX e Xvid. Para áudio os arquivos suportados são: MP3, AAC, WMA, OGG, FLAC, AMR e WAV.

 

Felizmente há uma entrada para cartões microSD de até 32 GB, permitindo que a memória seja expandida. Além disso, a Samsung oferece 50 GB de armazenamento no Dropbox e 2 GB adicionais no Adobe Creative Cloud.

 

Conectividade também é um ponto forte. Com entrada para cartões SIM, o tablet é compatível com redes HSPA+ (3,5G), além de Wi-Fi 802.11 a/b/g/n, Bluetooth 4.0, GPS com A-GPS e conector proprietário com suporte a adaptadores MHL, que permitem conectar o tablet a uma TV ou monitor por HDMI. Mas, para quem possui uma SmartTV, a transferência de arquivos pode ser feita por DLNA pelo Samsung All Share.

 

Para completar, há uma câmera traseira de 5 megapixels, capaz de gravar vídeos em 1.080p e uma câmera frontal para videochamadas. Durante nossos testes, fizemos fotos com qualidade muito similar à oferecida pelas câmeras de smartphones. Com boas condições de luz, o resultado é agradável. Durante a noite ou em ambientes fechados, a quantidade de ruído se torna muito prejudicial.

 

S Pen

 

Com 1.024 pontos de pressão e uma praticidade que a distancia de uma caneta stylus comum, a S Pen é o maior destaque do Note 10.1. Graças a ela, e à boa adaptação do Android 4.0.4, o usuário pode fazer anotações precisas, fórmulas matemáticas, clicar com precisão e dividir a tela em duas, aumentando a produtividade com aplicativos lado a lado.

 

Apesar de a proposta soar perfeita, há algumas limitações. Nem todos os aplicativos funcionam com a divisão de janelas. O recuso é exclusivo para o navegador de internet, galeria, player de vídeo, e-mail, S Note e Polaris Office. Comparando os recursos com a S Pen do smartphone Galaxy Note 2, o Note 10.1 parece uma versão mais limitada. Além da ausência de atalhos por gestos, que tornaram a navegação pelo sistema bastante prática, o reconhecimento de escrita do sistema não é muito preciso. Ativá-lo também é um mistério. Sem nenhuma opção nas configurações de entrada de texto, é quase impossível para o usuário comum encontra-lo (também não há menção alguma no manual ou em tutoriais no próprio aparelho). No teclado, é preciso pressionar e segurar o botão de configuração e deslizar até a opção T. Um simples clique nesse botão leva o usuário ao painel de configurações, que não faz nenhuma menção ao reconhecimento de escrita.

 

Também é preciso se acostumar com a velocidade dos aplicativos dispostos lado a lado. Os primeiros cliques não são reconhecidos. Há um atraso de 1 segundo até que eles comecem a responder adequadamente. Isso pode causar certo transtorno em usuários mais ávidos por desempenho e suavidade nos movimentos.

 

Um recurso interessante é desativar o reconhecimento de toque das mãos automaticamente quando a caneta estiver em uso. É possível apoiar a mão na tela para realizar um corte ou traço mais preciso. A Samsung, em parceria com a Adobe, inclui uma versão do Photoshop Touch. O app traz opções para edição de imagens mais completas que as versões online e Express do software. O preço dele na Google Play é de 20,76 reais.

Vídeo

http://videos.abril.com.br/info/id/514745e3772c342fba27e02765e1aa93

 

Interface e apps

 

Além dos novos recursos já citados, a interface Touchwiz manteve o padrão de cores das edições anteriores e os recursos já conhecidos, como a barra de acesso rápido aos mini aplicativos. Eles rodam em pequenas janelas e por cima de outros aplicativos. Desse modo é mais fácil fazer uma conta sem precisar alternar entre apps. São eles: Alarme, Calculadora, E-mail, Gerenciador de Tarefas, Música, S-planner (calendário), Telefone, Mensagem e Horário Mundial.

 

O S Note (companheiro da S Pen) é o aplicativo mais versátil do tablet. Além de gerenciar anotações, conta com modelos muito bem trabalhados para criar cartões de aniversário, listas e até formas geométricas. Se você fizer um triângulo ruim, ele te devolverá uma figura com todas as retas perfeitas.  O mesmo acontece para outras formas. O S Note também reconhece escrita e fórmulas matemáticas. Infelizmente não realiza os cálculos.

 

O Smart Remote transforma o tablet em um controle remoto universal. Graças ao sensor infravermelho, o Note 10.1 pode controlar um grande número de aparelhos de várias marcas. Há também o já mencionado All Share, um servidor de DLNA da Samsung com boa interface, uma loja própria de aplicativos, serviço de mensagens Ch@tON, Dropbox e o Polaris Office, para edição e criação de documentos do Microsoft Office.

 

 

Ficha técnica

Tela10,1”
ProcessadorExynos 4412 Cortex A9 1,4 GHz quad core
Armazenamento16 GB + microSD
Rede3,5G (HSPA+)
Peso592 g
OSAndroid 4
Duração de bateria6h04min

Avaliação técnica

PrósBoa configuração. Permite anotações com a caneta e divide a tela para rodar apps ao mesmo tempo.
ContrasA resolução do display fica um pouco abaixo da encontrada em rivais com configuração topo de linha.
ConclusãoTablet mais voltado para a produtividade. Os recursos da S Pen dão uma liberdade maior de criação em relação a outros modelos.
Configuração9
Usabilidade9,3
Design7,9
Bateria7,2
Média8.5
PreçoR$ 1300

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