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Facebook colabora com a Justiça em investigação russa, diz Zuckerberg

Em audiência no Senado americano, executivo disse que funcionários foram ouvidos em investigação que apura ingerência russa nas eleições dos EUA

Zuckerberg: para evitar quebra de confidencialidade, executivo não deu detalhes sobre colaboração da empresa com a equipe do procurador Robert Mueller (Leah Millis/Reuters)

Zuckerberg: para evitar quebra de confidencialidade, executivo não deu detalhes sobre colaboração da empresa com a equipe do procurador Robert Mueller (Leah Millis/Reuters)

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EFE

Publicado em 10 de abril de 2018 às 18h57.

O diretor executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, declarou nesta terça-feira que a rede social trabalha com a equipe do procurador especial Robert Mueller para auxiliar nas investigações sobre a possível interferência da Rússia nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2016.

Questionado em audiência no Senado americano, Zuckerberg informou que vários funcionários da empresa foram entrevistados para as investigações, mas evitou dar detalhes para não quebrar a confidencialidade.

"De fato, não sei se houve requerimento legal para isso. Acho que pode ter tido, o que sei é que estamos trabalhando com eles", disse Zuckerberg, ao esclarecer que não foi entrevistado pessoalmente para a investigação.

Em março foi revelado que a empresa britânica Cambridge Analytica teve acesso em 2014 a dados coletados pelo Facebook e usou essa informação para construir um software destinado a deduzir as decisões dos usuários.

A Cambridge Analytica supostamente colaborou com a equipe do agora presidente, Donald Trump, durante a campanha para as eleições de 2016.

Em princípio, o Facebook calculou em 50 milhões o número de afetados, mas no início de abril admitiu que a Cambridge Analytica acessou no mundo todo os dados de 87 milhões de usuários, a maioria dos Estados Unidos.

A equipe do procurador Robert Mueller investiga de forma independente a possível ingerência russa nas eleições presidenciais americanas, assim como se houve ou não coordenação entre Moscou e a campanha de Trump para prejudicar a então candidata democrata, Hillary Clinton.

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