Alunos do MIT são acusados de ajudar a vazar documentos
Washington - Um ex-hacker acusou hoje (2) dois estudantes do renomado Massachusetts Institute of Technology (MIT) de colaborar no vazamento de documentos militares sobre a guerra do Afeganistão para o site Wikileaks, informou a "CNN" em sua página na internet. A acusação foi feita por Adrian Lamo, cujas denúncias anteriores levaram à detenção do principal […]
Da Redação
Publicado em 2 de agosto de 2010 às 16h02.
Washington - Um ex-hacker acusou hoje (2) dois estudantes do renomado Massachusetts Institute of Technology (MIT) de colaborar no vazamento de documentos militares sobre a guerra do Afeganistão para o site Wikileaks, informou a "CNN" em sua página na internet.
A acusação foi feita por Adrian Lamo, cujas denúncias anteriores levaram à detenção do principal suspeito da publicação de documentos secretos, o analista de inteligência Brian Manning.
Lamo assegura que dois estudantes do MIT admitiram a ele em conversas por telefone que colaboraram com Manning para conseguir os documentos militares.
O ex-hacker disse que não revelaria a identidade dos estudantes porque "pelo menos um deles" o ameaçou, segundo a "CNN".
No entanto, Lamo declarou que os dois são seus amigos na rede social Facebook e que também compartilham dados de contato com Manning, a quem entregaram um software cifrado, segundo sua denúncia.
Manning, de 22 anos, está detido em uma prisão do estado da Virgínia. Lambo o acusou de baixar 260 mil documentos secretos e enviá-los para o Wikileaks.
O analista é o principal suspeito de ter publicado um vídeo que mostra um ataque aéreo americano no Iraque em julho de 2007 no qual 11 pessoas morreram, entre elas um fotógrafo e um motorista que trabalhavam para a agência de notícias "Reuters".
O Pentágono investiga agora se Manning também esteve envolvido no vazamento dos mais de 90 mil documentos militares sobre a guerra do Afeganistão publicados no último dia 25 no Wikileaks.
Publicados entre janeiro de 2004 e janeiro de 2010, os documentos denunciam a ajuda dos serviços secretos paquistaneses ao movimento talibã e revelam mortes de civis que nunca foram informadas publicamente.
As autoridades federais continuam buscando novos suspeitos do vazamento de documentos, entre eles um grupo de amigos de Manning que estuda no MIT e na Universidade de Boston, segundo o "The New York Times".