Tecnologia

Didi diz que suspensão de aplicativo na China pode afetar receita

O bloqueio na China acontece alguns dias após a empresa ter feito o maior IPO da última década nos Estados Unidos

Conhecida formalmente como Xiaoju Kuaizhi Inc., a Didi foi criada em 2021 pelos sócios Cheng Wei e Jean Liu e atualmente possui mais de 493 milhões de usuários ativos espalhados por 15 países (Pavlo Gonchar/Getty Images)

Conhecida formalmente como Xiaoju Kuaizhi Inc., a Didi foi criada em 2021 pelos sócios Cheng Wei e Jean Liu e atualmente possui mais de 493 milhões de usuários ativos espalhados por 15 países (Pavlo Gonchar/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 5 de julho de 2021 às 10h17.

A empresa chinesa de transporte urbano por aplicativo Didi Global disse nesta segunda-feira que uma decisão do regulador do país para que seu aplicativo fosse removido das lojas de aplicativos na China poderia prejudicar a receita.

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A ordem de retirada de domingo da Administração do Ciberespaço da China (CAC) ocorre apenas dois dias após o regulador anunciar uma investigação sobre a Didi e menos de uma semana depois de sua estreia na Bolsa de Valores de Nova York.

A Didi disse à Reuters nesta segunda-feira que não sabia antes da oferta pública inicial (IPO) nos Estados Unidos que a agência reguladora lançaria uma investigação de segurança cibernética ou ordenaria a suspensão na China de novos registros de usuários e de downloads de aplicativos.

"A empresa espera que a remoção do aplicativo possa ter um impacto adverso em sua receita na China", disse a Didi em um comunicado, mas não entrou em detalhes sobre a extensão potencial do impacto.

Analistas disseram não esperar um grande impacto nos lucros, já que a base de usuários da Didi na China é grande. A remoção do aplicativo não afeta os usuários existentes.

A Didi, que coleta uma grande quantidade de dados de mobilidade para pesquisa de tecnologia e análise de tráfego, também disse que se esforçará para corrigir quaisquer problemas e protegerá a privacidade dos usuários e a segurança dos dados.

A ação do órgão chinês também ocorre em meio a um aperto regulatório generalizado sobre as empresas de tecnologia chinesas, que começou com o cancelamento do IPO de 37 bilhões de dólares planejado pela fintech Ant Group, afiliada da Alibaba, no final do ano passado.

Grande parte da blitz regulatória da China tem sido feita por seu órgão antitruste e a ordem contra a Didi representa uma das ações mais importantes da agência desde sua fundação em 2014, sugerindo uma ênfase crescente na segurança de dados para empresas listadas nos EUA.

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