Tecnologia

Desastres naturais provocaram três vezes mais deslocados que conflitos armados

Estudo indica que 22 milhões de pessoas foram deslocadas em 2013 devido a desastres naturais

Tornado (Pro-Zak via Photopin)

Tornado (Pro-Zak via Photopin)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2014 às 06h00.

Os desastres naturais que ocorreram no ano passado deslocaram três vezes mais pessoas que conflitos armados, evidenciando uma necessidade urgente de ajudar as pessoas mais vulneráveis a lutar contra as alterações climáticas, de acordo com um estudo publicado hoje (17).

O Conselho Norueguês para Refugiados publicou os dados antes da Cúpula do Clima das Nações Unidas, que ocorrerá na próxima terça-feira (23), em Nova York, na esperança de contribuir para um acordo global sobre alterações climáticas.

O estudo indica que 22 milhões de pessoas foram deslocadas em 2013 devido a desastres naturais, quase três vezes mais que o número de pessoas que teve de sair das suas casas devido a situações de violência.

O problema tem se agravado com o dobro dos deslocados globalmente que em 1970, apesar de o aperfeiçoamento dos serviços meteorológicos e das operações de salvamento ter contribuído para a redução do número de mortos.

"É um sinal de despertar, acredito, para os líderes mundiais que se vão reunir. Por pior que a situação esteja hoje, vai tornar-se dramaticamente pior se não se investir mais no combate", disse Jan Egeland, secretário-geral do Conselho Norueguês para Refugiados. "Temos de tornar as pessoas nas Filipinas ou no Chade ou no Haiti tão combativas como nós na Noruega ou em algumas partes dos Estados Unidos".

Egeland é o antigo coordenador do programa de apoio a situações de emergência das Nações Unidas, tendo assumido um papel de relevo na obtenção de apoio após o tsunami no Oceano Índico, em 2004.

Editor Denise Griesinger

Acompanhe tudo sobre:INFOMeio ambiente

Mais de Tecnologia

Neuralink realiza segundo implante em paciente com lesão na medula espinhal

Trabalhadores da Samsung encerram greve sem conseguir acordo sobre salários, bônus e férias

Curas 'milagrosas' contra infertilidade inundam as redes sociais

Número de profissionais em cargos de cibersegurança cresceu 4,5% entre 2023 e 2024

Mais na Exame