Tecnologia

BlackBerry PlayBook reforça posição da RIM entre empresas

Tablet da canadense disputará espaço com a segunda geração do iPad, um tablet com webOS da HP e aparelhos Android da Motorola e de outras empresa

No longo prazo, RIM pode capturar larga porção do mercado de tablets (.)

No longo prazo, RIM pode capturar larga porção do mercado de tablets (.)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2010 às 18h46.

Toronto - Ainda que o BlackBerry PlayBook tenha qualidades técnicas para impressionar os mais exigentes conhecedores da tecnologia, poucos consumidores poderão comprar o novo computador tablet da Research in Motion até depois do Natal.

A companhia canadense apresentou o aparelho em uma conferência de programadores em San Francisco, na segunda-feira, mas marcou o lançamento geral do produto para o ano que vem. Como consequência, a RIM pode ter de se contentar, por enquanto, em controlar o segmento empresarial, onde tem raízes profundas. Os analistas afirmam que esse pode ser um problema até agradável.

No longo prazo, a força conhecida da RIM em termos de segurança e gestão de sistemas podem permitir que a empresa capture uma larga porção de um mercado nascente e destinado a ter um crescimento explosivo.

"As pessoas estão falando do aparelho como ferramenta de trabalho, e o segmento empresarial pode responder por 40 por cento do mercado de tablets em 2014. De muitas maneiras, as virtudes dos tablets, baratos, fáceis de usar, resistentes a vírus, são enormemente atraentes para as empresas", disse Duncan Stewart, da Deloitte Canada.

Isso posto, se a RIM quer atrair consumidores do iPod e de aparelhos acionados pelo sistema operacional Google Android, perder a principal temporada de vendas do ano é um equívoco grave, disseram os analistas.

Nos últimos meses, a empresa canadense se manteve silenciosa, mas não ociosa, enquanto fabricantes rivais de celulares e computadores, especialmente a Apple, com seu iPad, anunciavam planos para computadores tablet.


A RIM adquiriu diversas empresas e se dedicou a integrá-las às suas operações, o que fica aparente no sistema operacional do PlayBook, em sua capacidade de imitar um celular inteligente BlackBerry e na plataforma publicitária reformulada da empresa.

O aspecto técnico do PlayBook tampouco deve ser menosprezado, a memória RAM de 1 gigabyte que ele oferece é duas vezes maior que a do Samsung Galaxy e quatro vezes maior que a do iPad. As duas câmeras permitem videoconferências, enquanto o iPad não tem câmera. O processador de núcleo duplo promete respostas rápidas e facilidade na execução de múltiplas tarefas.

"A RIM comprou cinco meses atrás a companhia de software que basicamente criou o cérebro da máquina", disse Sean Kraus, chefe de investimentos da CitizensTrust, em Pasadena. "Mas anunciar o novo produto cinco meses depois e marcando lançamento para o próximo ano é triste."

Quando o tablet da companhia canadense chegar ao mercado, o PlayBook terá de disputar espaço com a segunda geração do iPad, um tablet com webOS da Hewlett-Packard e aparelhos movidos a Android produzidos por Motorola e muitas outras empresas.

Mas analistas afirmam que a maior parte dos consumidores trabalha em empresas também e assim como o iPhone conseguiu se inserir no meio corporativo, o PlayBook é amigável o suficiente para ser comprado por pessoas que o utilizem também para trabalhar. Em outras palavras, as barreiras entre os dois mercados ficam mais permeáveis.

"O PlayBook é perfeito para o ambiente empresarial", disse Oliver Bussman, vice-presidente de informação da produtora alemã de software corporativo SAP. Ele acrescentou que muitos dos aplicativos da SAP usam a tecnologia Flash e operam na Web, o que dá ao PlayBook uma vantagem sobre o iPad, que não é compatível com Flash.

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