Os pagamentos online devem crescer e ganhar ainda mais força depois da pandemia (iStock/iStockphoto)
Com as medidas de distanciamento social, impostas no mundo todo por conta da covid-19, quem ainda não estava acostumado a fazer compras e pagamentos online teve de se adaptar. O levantamento Consumer Thermometer, realizado pela Kantar — empresa especializada em pesquisa de mercado e consultorias —, apontou que, só na América Latina, o e-commerce cresceu 3,3 vezes nas quatro primeiras semanas após o início da pandemia. No Brasil, o faturamento do segmento aumentou 62% nas empresas B2B e, no mês de abril, foram realizados 24,5 milhões de compras online, o que representa aumento de 98% em relação ao mesmo período de 2019, totalizando 9,4 bilhões de reais.
Essa mudança de comportamento dá indícios de não ser apenas temporária. Os hábitos não devem voltar ao normal completamente, mesmo com o fim da quarentena. Um estudo feito pela consultoria americana Bain & Company com mais de 2.000 consumidores brasileiros, em meados de abril, mostrou que 48% estão dispostos a mudar a forma de pagar permanentemente, usando mais cartões e celulares. O percentual aumenta quanto menor a renda: entre o grupo de alta renda, 38% disseram que vão elevar o uso de cartão e celular para pagar. Esse número é de 46% na renda média e 55% na baixa.
Os benefícios desse modelo de transação apresentam características como segurança, rapidez e praticidade. Mas, para que essas facilidades sejam viáveis, é preciso contar com tecnologias capazes de suportar toda a infraestrutura e conectividade que esse modelo exige.
Os pagamentos e a interconexão
O grande objetivo, quando se trata de pagamentos online, é que a transação ocorra com poucos cliques, baixa latência (tempo entre o acionamento de um comando e a execução da função solicitada) e sem erros.
Um sistema interconectado é o que vai garantir que tanto a experiência do usuário quanto o retorno para a empresa sejam positivos. “Chegar a essa meta é completamente possível, mas requer colaboração em tempo real e troca rápida e segura de dados em um denso ecossistema de parceiros, além de solidez nos serviços utilizados”, afirma Eduardo Carvalho, managing director no Brasil da Equinix, empresa global de data center e interconexão.
De acordo com Carvalho, o investimento mais certeiro ao buscar conexão estável e acesso facilitado a constantes atualizações, que farão com que esse caminho seja trilhado de maneira rápida e sem falhas, evitando a frustração de usuários e perda de dinheiro, são as soluções descentralizadas. “Dessa forma, não será necessário se preocupar com altos custos de atualização de data center, consumo de energia, acesso à rede e equipes dedicadas, podendo concentrar as energias apenas nos negócios”, ressalta.
Para obter um bom resultado, então, os processadores de pagamento devem se atentar à necessidade de contar com uma infraestrutura digital distribuída geograficamente, que esteja próxima aos clientes, favorecendo interações em tempo real de usuários, parceiros, sistemas, dados e clouds, e que atenda às melhores práticas da Arquitetura Orientada à Interconexão (IOA) — que une o mundo físico ao mundo virtual de maneira assertiva e interativa, construindo pontes entre tudo que precisa ser conectado, independentemente de onde estiver. “Estar interconectado é ter o poder de adaptar-se às mudanças rapidamente, com um ecossistema inteiro funcionando para você. Isso é sinônimo de melhores resultados, menos custos e clientes mais felizes e fidelizados”, conclui.