Trecho da rodovia BR-324: novo fundo aplicará em empresas do setor de infraestrutura e pode ser mais rentável (Edson Ruiz/Placar)
Da Redação
Publicado em 11 de novembro de 2013 às 09h36.
São Paulo – Em janeiro do ano que vem, quem trabalha com carteira assinada poderá destinar até 30% dos recursos do seu Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para fundos que investem na dívida de empresas de infraestrutura, diz reportagem desta segunda do jornal “Folha de S. Paulo”. Segundo o texto, o regulamento do novo fundo criado pela Caixa já está pronto.
Inicialmente, os interessados poderão aportar até 2 bilhões de reais no total no novo investimento, mas se houver grande procura, esse limite pode ser elevado até 6 bilhões de reais, diz a reportagem.
De acordo com o jornal, o novo fundo receberá os 2 bilhões de reais do fundo FI-FGTS e os converterá em cotas do novo fundo, tornando-se um investimento direto do trabalhador. O FI-FGTS foi criado em 2007 e investe no setor de infraestrutura por meio de títulos de dívidas de empresas e cotas de outros fundos.
A oportunidade se assemelha aos fundos que investem em ações de Petrobras e Vale, onde os celetistas puderam investir parte de seu FGTS no ano 2000. De acordo com a Folha, a diferença é que, em vez de ações, o fundo de infraestrutura aplicará em títulos de dívida das empresas do setor de infraestrutura, como debêntures, notas promissórias, entre outros.
Ainda segundo o texto, isso ocorre porque o cotista que se tornasse elegível para resgatar os recursos do FGTS poderia ter problemas de liquidez, uma vez que muitas dessas companhias não têm ações em Bolsa ou são pré-operacionais.
O novo fundo será uma oportunidade para ganhar uma rentabilidade maior do que a do FGTS, que é de apenas 3% ao ano mais a Taxa Referencial (TR), que tem se aproximado de zero. Trata-se de um rendimento bastante inferior ao da inflação, que tem ficado entre 5% e 6% ao ano.
No entanto, apesar de ser um fundo de renda fixa, a nova aplicação correrá o risco de calote das empresas. Companhias pré-operacionais também tendem a ser mais arriscadas do que empresas cujo negócio já está consolidado.
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