Revista Exame

De olho nas telas

Janeiro é mês de concorrentes ao Oscar nos cinemas brasileiros. Mas há mais que isso

Judy — Muito Além do Arco-Íris (Divulgação/Divulgação)

Judy — Muito Além do Arco-Íris (Divulgação/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2020 às 05h15.

Última atualização em 16 de janeiro de 2020 às 10h17.

Se havia alguma dúvida de que Renée Zellweger optou por interpretar a estrela Judy Garland de olho no Oscar de Melhor Atriz, essa se dissipou com a conquista do prêmio equivalente no Globo de Ouro na primeira semana de janeiro — historicamente, um indicativo do que acontecerá na premiação da Academia. Independentemente de estatueta, Judy — Muito Além do Arco-Íris atrai por ser a cinebiografia de uma personagem complexa e difícil da história de Hollywood. Garland foi um caso exemplar de artista precoce que cai em desgraça na vida adulta. Transformada em estrela mundial aos 17 anos com O Mágico de Oz (1939) e a canção Somewhere Over the Rainbow, claudicou nos anos seguintes, frustrando-se definitivamente ao não levar a estatueta por sua atuação em Nasce uma Estrela (1954). Afundada no consumo de barbitúricos, morreu de overdose aos 47 anos em 1969. Seu legado mais óbvio: tornar-se ícone gay e ser mãe de Liza Minnelli, outra estrela complicada. O filme é um recorte do período final de Judy, com Renée se desdobrando para acrescentar drama a uma vida já bem tumultuada.

Judy — Muito Além do Arco-írisDireção de Rupert Goold | Com Renée Zellweger | Estreia em 30/1


FILME

Guerra de outros tempos

Divulgação

O longa de guerra 1917 é outro turbinado pela premiação do Globo de Ouro. Vencedor-surpresa de Melhor Filme Dramático e Melhor Direção, transformou-se em favorito ao Oscar instantaneamente. Dirigido por Sam Mendes, de 007 — Operação Skyfall, o filme se passa nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial com seus protagonistas enfrentando dilemas pessoais, além do conflito bélico.

1917Direção de Sam Mendes | Com Dean-Charles Chapman, George MacKay | Estreia em 23/1


FILME

Dá licença de contar

Num momento de faculdades mentais questionáveis, Vinícius de Moraes rotulou São Paulo de “túmulo do samba”. A negativa dessa afirmação tinha nome e sobrenome (mesmo que fosse um pseudônimo): Adoniran Barbosa, autor de clássicos como Saudosa Maloca e Trem das Onze. O tributo audiovisual chega com esse elogiado documentário.

Adoniran: Meu Nome é João RubinatoDireção de Pedro Serrano | Com Adoniran Barbosa | Estreia em 23/1

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