Revista Exame

Aluguel em Brasília é impulsionado por eleições, mas vendas continuam estagnadas

Importância do fator político neste ano não é à toa: houve uma mudança radical no corpo do governo

Brasília: mercado imobiliário foi diretamente impactado pelas eleições (Cássia Roriz/Exame)

Brasília: mercado imobiliário foi diretamente impactado pelas eleições (Cássia Roriz/Exame)

Janize Colaço
Janize Colaço

Repórter de Invest

Publicado em 26 de outubro de 2023 às 06h00.

As eleições impulsionaram o mercado de locação em Brasília. A chegada de novos representantes do Executivo — e de uma parcela do Legislativo — contribuiu para a variação do preço médio dos aluguéis subir para 13,45% nos últimos 12 meses, ante os 7,2% registrados em igual período de 2022, segundo o Índice FipeZap+. A importância do fator político neste ano não é à toa: houve uma mudança radical no corpo do governo.

“Sentimos impactos maiores entre os meses de março e abril, mas o aquecimento no aluguel continuou nos meses seguintes”, diz Ovídio Maia, presidente do Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Secovi-DF). As eleições movimentam o mercado imobiliário da capital do país. Em 2021, por exemplo, a variação do preço foi menor, de 2,7%, já que não houve votação para novos políticos.

O preço médio da venda de imóveis subiu 0,7%, com o menor resultado desde 2018. Para Maia, a taxa de juro afastou a demanda e pesou para a variação tímida do preço. “O financiamento perdeu força diante de uma Selic acima de 13%.”

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