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Brasil engatinha na próxima onda tecnológica, mas há uma solução

O país aproveitou com atraso os benefícios dos motores a vapor, da eletricidade e dos computadores. Será que agora vai ser diferente?

Sala de simulação da Embraer, em São José dos Campos: a fábrica inteligente permitiu investir em três linhas de aeronaves ao mesmo tempo | Germano Lüders /

Sala de simulação da Embraer, em São José dos Campos: a fábrica inteligente permitiu investir em três linhas de aeronaves ao mesmo tempo | Germano Lüders /

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Da Redação

Publicado em 24 de maio de 2018 às 05h00.

Última atualização em 24 de maio de 2018 às 05h00.

A fabricante de aviões Embraer tem, hoje, o que existe de mais moderno na indústria brasileira e — muito provavelmente — no mundo todo. Na sede da empresa, na paulista São José dos Campos, mais de 5 000 engenheiros conseguem propor soluções para erros que ainda nem existem. Graças a um software de realidade aumentada que reproduz imagens em três dimensões, as melhores cabeças da Embraer conseguem entrar num protótipo de aeronave que só aparece no mundo virtual. O motivo? Testar a aerodinâmica do modelo como se estivessem voando nele em uma porção de situações distintas, seja em momentos de turbulência pesada, seja em céu de brigadeiro. A simulação permite identificar inúmeros dados fundamentais para a companhia aérea interessada em comprar a aeronave, como o consumo de combustível e o nível de ruído do motor em cada cenário. De posse dessas informações, os engenheiros da Embraer praticamente eliminaram um problemão no desenvolvimento de um novo modelo de aeronave: as sucessivas mudanças durante o desenvolvimento do projeto. “No passado, a gente planejava já sabendo que algo ia dar errado na linha de produção”, diz Mauro Kern, vice-presidente de operações da Embraer. As idas e vindas explicavam o porquê de uma nova aeronave demorar até oito anos para decolar. Essa espera caiu, em média, 30% desde 2015, quando entrou em funcionamento a E2, linha de fabricação onde está o simulador de voo. Agora, assim que os engenheiros concluem os testes, os operários recebem as instruções de montagem em tablets espalhados pela fábrica, eliminando a papelada. Com um toque nessas telas, é possível comandar as tarefas dos robôs, que também interagem entre si para não errar a peça que precisam montar nem repetir o trabalho já realizado por outra máquina.

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