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Startups fundadas por mulheres levantam mais investimentos

Nas primeiras rodadas, as equipes de ambos os sexos se saem tão bem quanto as sem mulheres, mas a vantagem aumenta nos estágios posteriores

Empreendedora: S
somente cerca de 22% de todas as startups são fundadas por pelo menos uma mulher, segundo a pesquisa (Foto/Getty Images)

Empreendedora: S somente cerca de 22% de todas as startups são fundadas por pelo menos uma mulher, segundo a pesquisa (Foto/Getty Images)

Mariana Fonseca

Mariana Fonseca

Publicado em 7 de outubro de 2019 às 14h45.

Última atualização em 7 de outubro de 2019 às 15h26.

Startups com pelo menos uma fundadora levantaram 21% mais em financiamento de capital de risco do que empresas com apenas homens nas equipes, segundo um estudo divulgado na quinta-feira pelo Kauffman Fellows Research Center, um treinamento de dois anos para capitalistas de risco veteranos.

Nas primeiras rodadas, as equipes de ambos os sexos se saem tão bem quanto as sem mulheres, mas a vantagem aumenta nos estágios posteriores da captação de recursos. Na terceira e quarta rodadas, as empresas com pelo menos uma fundadora recebem, em média, US$ 23 milhões em investimentos de capital de risco, em comparação com uma média de US$ 18 milhões para equipes apenas de homens.

A análise utilizou dados fornecidos pela consultoria de mercado Crunchbase, com base em mais de 90 mil empresas financiadas por capital de risco nos EUA de 2001 a 2018.

As mulheres ainda enfrentam obstáculos. Somente cerca de 22% de todas as startups são fundadas por pelo menos uma mulher, segundo a pesquisa. E as equipes compostas apenas por mulheres têm mais dificuldade em levantar recursos, principalmente se estão no comando das chamadas empresas de “gênero neutro”. Uma pesquisa da PitchBook constatou que dos US$ 130 bilhões em fundos de risco investidos em startups no ano passado, apenas 2,2% foram para aqueles administrados por equipes femininas.

“Poucas mulheres no passado tiveram a oportunidade de mostrar o histórico de sucesso”, disse Collin West, cofundador do Kauffman Fellows Fund e um dos autores do relatório. “Assim, essas mulheres continuam sendo deixadas de lado. Estamos neste ciclo vicioso.”

O estudo contribui para as crescentes evidências de que a diversidade em uma empresa, na liderança e nas equipes, leva a melhores resultados financeiros, disse West. Uma equipe com profissionais mais diversos considerará uma gama mais ampla de ideias e, com o pequeno tamanho da maioria das startups, uma só mulher tem capacidade significativa de influenciar a empresa, disse.

“De repente, você passa de zero a uma voz na sala”, disse West.

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