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"Startups deveriam colaborar mais entre si", diz Luis Novo

O empreendedor Luis Novo, fundador da empresa SuperNova Labs, afirma que o Brasil possui um bom ambiente de negócios para o surgimento de startups

De acordo com Luis Novo, uma pesquisa coloca São Paulo como a décima terceira cidade no mundo com melhores condições para a proliferação de negócios inovadores (Oli Scarff/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2012 às 15h52.

São Paulo - Prestes a realizar em São Paulo o primeiro evento no país para divulgar a metodologia Lean, um conjunto de boas práticas adotadas por companhias como Dropbox, Twitter e Groupon, o empreendedor Luis Novo, fundador da empresa SuperNova Labs, afirma que o Brasil possui um bom ambiente de negócios para o surgimento de startups, mas critica a falta de apoio entre as empresas nascentes e as falhas na formação de bons profissionais no país.

São Paulo poderá rivalizar, no futuro, com outras grandes cidades do mundo na criação de empresas inovadoras? Há uma pesquisa, feita pela Telefónica Digital, que coloca São Paulo como a décima terceira cidade no mundo com melhores condições para a proliferação de negócios inovadores.

Há um mercado gigante de usuários de internet no Brasil, um uso massivo de smartphones pela população e, acredite, muito dinheiro disponível para quem tem bons projetos. Além disso, o Brasil tem uma economia diversificada e um mercado de internet já bastante maduro. Isso não é pouca coisa.

Mas o mercado de startups brasileiro ainda está muito distante do que vemos nos Estados Unidos e na Europa, não? Se você nos comparar com o Vale do Silício, sim, estamos muito distantes. Lá é um lugar único no mundo, onde as empresas inovadoras estão concentradas e há muita troca de informação entre elas.

Este ponto, aliás, é um aspecto negativo do mercado brasileiro. Aqui, até por razões culturais, os empreendedores conversam pouco entre si, têm receio de entregar uma boa ideia a alguém que, no futuro, seja seu competidor. Nesse sentido, falta colaboração entre os empreendedores brasileiros, característica abundante no Vale do Silício.


Na sua avaliação o empreendedor brasileiro tem uma aversão ao risco acima da média? Todo mundo que investe, teme o risco. Na nossa cultura, no entanto, o temor de fracassar acaba inibindo muitas boas iniciativas. De um modo geral, as startups brasileiras são um pouco conservadoras, elas copiam modelos e ideias que foram bem sucedidos fora do Brasil. Há pouca gente, por aqui, realmente pensando em projetos totalmente inovadores.

O mercado brasileiro sofre com uma certa carência de talentos? Há muita gente talentosa por aqui, mas na hora do empreendedor fazer sua startup crescer eles certamente encontrará dificuldades em achar mão de obra qualificada. Está é uma queixa muito comum entre os empreendedores. Todos eles encontram dificuldades em achar profissionais realmente capacitados e, quando encontram, são muito caros. Sem dúvidas, melhorar a formação dos profissionais no Brasil é uma necessidade para tornar o país mais capaz de inovar.

A SuperNova Labs trará para o Brasil o Lean Startup Machine, um evento que já aconteceu em várias cidades do mundo. O que é o método Lean e como ele pode ser útil para os empreendedores? O Lean é um conjunto de ferramentas e boas práticas que o empreendedor americano Eric Ries criou baseado no Toyotismo. Ries, de certa forma, adaptou o Toyotismo para a realidade das startups.

Entre as diversas características desse método, está o combate ao desperdício. Numa pequena empresa, tudo deve ser otimizado e cada profissional deve trabalhar com foco em ideias que tragam resultados. No Brasil, o Lean Startup Machine acontecerá no início de fevereiro, durante os dias 1,2 e 3. O evento é voltado para quem deseja empreender e visa disseminar boas práticas entre os jovens empresários brasileiros.

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São Paulo - Prestes a realizar em São Paulo o primeiro evento no país para divulgar a metodologia Lean, um conjunto de boas práticas adotadas por companhias como Dropbox, Twitter e Groupon, o empreendedor Luis Novo, fundador da empresa SuperNova Labs, afirma que o Brasil possui um bom ambiente de negócios para o surgimento de startups, mas critica a falta de apoio entre as empresas nascentes e as falhas na formação de bons profissionais no país.

São Paulo poderá rivalizar, no futuro, com outras grandes cidades do mundo na criação de empresas inovadoras? Há uma pesquisa, feita pela Telefónica Digital, que coloca São Paulo como a décima terceira cidade no mundo com melhores condições para a proliferação de negócios inovadores.

Há um mercado gigante de usuários de internet no Brasil, um uso massivo de smartphones pela população e, acredite, muito dinheiro disponível para quem tem bons projetos. Além disso, o Brasil tem uma economia diversificada e um mercado de internet já bastante maduro. Isso não é pouca coisa.

Mas o mercado de startups brasileiro ainda está muito distante do que vemos nos Estados Unidos e na Europa, não? Se você nos comparar com o Vale do Silício, sim, estamos muito distantes. Lá é um lugar único no mundo, onde as empresas inovadoras estão concentradas e há muita troca de informação entre elas.

Este ponto, aliás, é um aspecto negativo do mercado brasileiro. Aqui, até por razões culturais, os empreendedores conversam pouco entre si, têm receio de entregar uma boa ideia a alguém que, no futuro, seja seu competidor. Nesse sentido, falta colaboração entre os empreendedores brasileiros, característica abundante no Vale do Silício.


Na sua avaliação o empreendedor brasileiro tem uma aversão ao risco acima da média? Todo mundo que investe, teme o risco. Na nossa cultura, no entanto, o temor de fracassar acaba inibindo muitas boas iniciativas. De um modo geral, as startups brasileiras são um pouco conservadoras, elas copiam modelos e ideias que foram bem sucedidos fora do Brasil. Há pouca gente, por aqui, realmente pensando em projetos totalmente inovadores.

O mercado brasileiro sofre com uma certa carência de talentos? Há muita gente talentosa por aqui, mas na hora do empreendedor fazer sua startup crescer eles certamente encontrará dificuldades em achar mão de obra qualificada. Está é uma queixa muito comum entre os empreendedores. Todos eles encontram dificuldades em achar profissionais realmente capacitados e, quando encontram, são muito caros. Sem dúvidas, melhorar a formação dos profissionais no Brasil é uma necessidade para tornar o país mais capaz de inovar.

A SuperNova Labs trará para o Brasil o Lean Startup Machine, um evento que já aconteceu em várias cidades do mundo. O que é o método Lean e como ele pode ser útil para os empreendedores? O Lean é um conjunto de ferramentas e boas práticas que o empreendedor americano Eric Ries criou baseado no Toyotismo. Ries, de certa forma, adaptou o Toyotismo para a realidade das startups.

Entre as diversas características desse método, está o combate ao desperdício. Numa pequena empresa, tudo deve ser otimizado e cada profissional deve trabalhar com foco em ideias que tragam resultados. No Brasil, o Lean Startup Machine acontecerá no início de fevereiro, durante os dias 1,2 e 3. O evento é voltado para quem deseja empreender e visa disseminar boas práticas entre os jovens empresários brasileiros.

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