Rival do iFood, startup de entrega por assinatura Ceofood fatura R$ 5,7 mi
A startup Ceofood, do empreendedor Kawel Lotti, oferece serviço de entrega por assinatura, sem cobrar taxas individuais às pequenas empresas
Maria Clara Dias
Publicado em 19 de maio de 2021 às 08h00.
Última atualização em 19 de maio de 2021 às 10h50.
Enquanto alguns negócios tiveram prejuízos durante a pandemia, outros empreendimentos aproveitaram o momento para criarem soluções que pudessem reduzir, ao menos um pouco, as dores das pequenas e médias empresas. Esse é o caso da startup Ceofood, de entregas por assinatura.
Fundada em 2020 pelo empreendedor Kawel Lotti, a Ceofood funciona como uma espécie de marketplace, que conecta entregadores a pequenos lojistas. O grande diferencial, quando comparada a outras grandes plataformas de delivery, está no modelo de plano de assinatura, no qual pequenos negócios podem contratar serviços de entrega por um valor mensal que varia de acordo com o tamanho da empresa e que podem ser de R$99 ou R$199.
Junto da Ceofood, Lotti também criou a CeoPag, empresa de maquininhas de pagamento com taxas reduzidas. Contrariando o que se dizia há muito sobre o futuro das maquininhas, o Ceopag viu o número de pedidos aumentar drasticamente no ano passado, como reflexo do crescimento no número de novos negócios no país. O sucesso do delivery também teve parte neste resultado, segundo Lotti. “Com as lojas fechadas e mais entregadores, as empresas precisaram de três, quatro ou até cinco maquininhas em circulação”, conta o fundador.
Mesmo com pouco tempo de mercado, as duas marcas já registram resultados positivos, com crescimento de cerca de 20% ao mês, e mais de 5.000 clientes, no caso do app de delivery, e 4.000 clientes, na empresa de maquininhas. Desde o mês de abril, as duas empresas se fundiram e tornaram-se uma só, movimentando, juntas, 70 milhões de reais e uma receita de 5,7 milhões de reais em 2020.
Aproveitando o bom momento, a empresa anunciou, no último trimestre de 2020, a criação de uma conta digital, o CeopagBank, que permite transferências, pagamentos e também um cartão de débito. “Oferecemos o mecanismo de vendas, de meios de pagamento, e agora a conta digital para que o empreendedor possa movimentar o seu negócio. Queremos ter o serviço completo, de ponta a ponta”, diz.
Para 2021, a projeção é triplicar o volume transacionado nas duas marcas, para algo em torno de 210 milhões de reais, e dobrar esse volume no ano seguinte. Também para este ano, as empresas devem ter passar a ter um sócio minoritário. Para isso, Lotti já negocia possíveis injeções de capital vindas de fundos e empresas. Já em relação ao banco digital, a intenção das empresas “Ceo” é ter todos os clientes da base registrados até o final deste ano.
Para competir com as gigantes do setor de entregas, o conglomerado de empresas continuará apostando na agilidade para atender os empreendedores. “Somos pequenos, então temos mais facilidade e mobilidade para atender bem os clientes, sem os problemas que as grandes empresas têm”, diz. "O atendimento humanizado unido à tecnologia será a nossa resposta para crescer”.
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