Rede insere pequeno negócio no setor de petróleo
Dezesseis Redes Petro reúnem mais de 2 mil micro, pequenas e médias empresas, atendendo demandas e realizando negócios das grandes empresas do setor
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h11.
Brasília - Das 16 Redes Petro estaduais em todo País, 13 estão presentes na Rio Oil & Gas, maior evento do setor de petróleo e gás da America Latina, aberto nesta segunda-feira (13) na capital fluminense.
As redes são integradas por mais de duas mil micro, pequenas e médias empresas fornecedoras de produtos e serviços do setor em 12 estados brasileiros.
O principal objetivo das Redes Petro é efetivar a inserção dos pequenos negócios na cadeia produtiva do setor PGE.
Só no ano passado, as rodadas de negócios, apoiadas pelo Sebrae, Petrobras e Prominp (Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural), geraram em torno de R$ 100 milhões.
No momento, a criação da Rede Petro Brasil está em andamento. A meta é promover o movimento nacional das micro e pequenas do setor de PGE em busca de oportunidades de negócios. Durante a Rio Oil & Gas 2010, será realizada a primeira assembléia da Rede Petro Brasil, no estande da Rede Petro do Rio Grande do Sul, localizado no pavilhão 3, nesta segunda-feira (13), às 13h30.
Pioneirismo
A primeira Rede Petro foi criada no Rio Grande do Sul, em 1999. O setor agrícola enfrentava grave crise no estado e em todo o País. Diante da situação, alguns empresários e empreendedores começam a pesquisar onde poderiam encontrar novas oportunidades para negócios.
Na época, a Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) da Petrobras, localizada no município de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, estava sendo ampliada. Um consórcio japonês vencera o edital e realizava as obras de expansão da Refap.
Muitos produtos e serviços contratados eram procedentes de outros estados e países. "Alguns empresários viram oportunidade no setor PGE e começaram a se mobilizar. Esse setor foi uma importante saída para empresas que, antes, trabalhavam focadas no setor agrícola", informa Tiago Lemos, consultor nacional do Sebrae no setor de PGE.
<hr> <p class="pagina">A meta da Rede Petro gaúcha era unir três áreas fundamentais para a realização de negócios com o setor de óleo, gás e energia: grandes empresas do segmento; universidades com pesquisas e cursos correlatos ao tema P&G; e governo do estado e órgãos financiadores (Finep, bancos etc). Em 2001, iniciaram-se as primeiras articulações com o Sebrae Rio Grande do Sul para capacitar as empresas integrantes da Rede Petro RS.<br><br>"O modelo gaúcho de associação em rede foi considerado referência a ser replicada no País, visando a inserção de micro e pequenas empresas nos negócios da cadeia do setor de PGE", lembra Tiago. A partir de 2002, várias Redes Petro estaduais passaram a ser criadas, contando com o apoio dos projetos do Sebrae voltados ao setor.<br><br><strong>Convênio</strong><br>Em 2002, um convênio entre Sebrae e Petrobras foi fato importante para a consolidação da inserção dos pequenos negócios no setor de PGE. O objetivo do Sebrae e da Petrobras era disseminar e apoiar a formação de redes de excelência compostas por micro e pequenas empresas competitivas e qualificadas, para efetivamente aumentar sua participação no setor.<br><br>"O mundo do petróleo, gás e energia movimenta muitos setores e abre oportunidades para diversos segmentos de negócios, como automação, metal-mecânica, prestação de serviços, construção civil, confecções de uniformes, entre outros", esclarece Tiago Lemos. "O empresário que busca oportunidades em PGE, procura as Redes Petro para se associar".<br><br>Atualmente, são 16 Redes Petro formadas no País, nos seguintes estados: Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo (Bacia de Santos), Sergipe, Rio Grande do Norte, Ceará, Rio de Janeiro (Campos, Macaé, Rio de Janeiro e Duque de Caxias), Minas Gerais, Amazonas, Pernambuco, Bahia e Espírito Santo. Elas geralmente são criadas onde há unidades de negócios da Petrobras.</p>
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