Parceria aproxima pequenas empresas do Brasil e da França
Empreendimento ganha apoio para transferência tecnológica e fornecimentos de produtos e serviços à cadeia produtiva
Da Redação
Publicado em 18 de setembro de 2012 às 10h11.
Rio de Janeiro – Como promover a troca de conhecimento entre empresas francesas e brasileiras foi o tema do Encontro APLs/Poles de Competitivité do Setor Petróleo, Gás e Naval - Brasil e França, que aconteceu nesta segunda-feira (17), na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). O evento foi organizado em conjunto com a Agência Pública Francesa para o Desenvolvimento Internacional das Empresas (Ubifrance, sigla em francês), com apoio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e Sebrae no Rio de Janeiro.
O encontro contou com apresentações sobre o Convênio Petrobras/Sebrae, da Agência Estadual de Fomento Investe Rio e do projeto de Petróleo e Gás do Sebrae no Rio de Janeiro, por meio do Programa de Internacionalização (Prointer), desenvolvido pela instituição para promover pequenos negócios brasileiros no exterior. Participam dessa iniciativa dois polos de tecnologia naval: o Mer PACA, iniciais das regiões do sul da França - Provence, Alpes, Cotê D´Azur -, e outro da Bretagne, norte da França. Juntos, reúnem mais de 500 empresas de pequeno e médio porte. Do lado brasileiro, estão mais de 300 empreendimentos do Prointer. “O fomento a empresas desse porte é importante. As grandes não precisam de apoio para desenvolver novas tecnologias”, disse a chefe do polo Mer PACA, Eve Raymond Garry.
Para viabilizar a proposta, ficou acertada a realização de um programa-piloto, do qual devem participar cerca de 20 empresas do segmento de robótica e subsea (tecnologia submarina). Também está em discussão o apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do governo federal, e da agência francesa de inovação para pequenas empresas (Oseo).
“A soma do conhecimento das empresas de pequeno porte francesas e brasileiras é promissora, porque pode permitir a transferência e criação de novos produtos e serviços. O modelo está sendo construído para que os empresários daqui deixem de ter o papel de importador ou representante comercial e passem a ser parceiros no desenvolvimento do conteúdo local (das empresas de petróleo em operação no país) através de joint ventures”, avaliou o diretor do Sebrae no Rio de Janeiro, Evandro Peçanha.