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Para investir em startups da América Latina, SoftBank contrata veteranos

O conglomerado de tecnologia de Masayoshi Son já detém participações em muitas das startups mais valiosas do mundo

Masayoshi Son, do SoftBank: grupo mexeu com cenário de capital de risco no Brasil (NurPhoto/Colaborador/Getty Images)

Mariana Fonseca

Publicado em 10 de abril de 2019 às 06h00.

Última atualização em 10 de abril de 2019 às 06h00.

O SoftBank está contratando um trio de veteranos do setor para administrar US$ 5 bilhões em um fundo de tecnologia com foco na América Latina , comandado pelo diretor de operações Marcelo Claure.

André Maciel, ex-diretor-gerente do JPMorgan Chase no Brasil, vai atuar no SoftBank Innovation Fund como sócio-gerente, segundo comunicado da empresa divulgado na terça-feira. Paulo Passoni, ex-diretor-gerente do hedge fund Third Point, de Daniel Loeb, e Shu Nyatta, do próprio SoftBank, serão sócios de investimento com foco em buscar e fechar transações.

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O conglomerado de tecnologia de Masayoshi Son já detém participações em muitas das startups mais valiosas do mundo, como Uber Technologies, WeWork e Didi Chuxing, por meio de seu Vision Fund, com US$ 100 bilhões sob gestão. No mês passado, o SoftBank lançou o fundo para a América Latina para investir em toda a região. Os investimentos serão concentrados em comércio eletrônico, serviços financeiros digitais, assistência médica, mobilidade e seguro.

"Nunca houve melhor momento para apoiar a América Latina e as empresas que ajudarão a moldar seu futuro", disse Claure em comunicado.

Maciel comandará o escritório do fundo no Brasil com sede em São Paulo, supervisionando investimentos em outros fundos em estágio inicial da região, e será responsável pela estruturação de transações. O executivo trabalhou 17 anos no JPMorgan coordenando operações de fusão e aquisição e do mercado acionário com foco em tecnologia e, mais recentemente, comandava a unidade de consultoria do banco de investimentos para o Brasil.

Passoni atuou no Third Point por mais de sete anos e administrava os US$ 14 bilhões em investimentos do fundo em mercados emergentes antes de sua saída para abrir uma empresa de capital de risco. Antes disso, o executivo brasileiro trabalhou cinco anos na antiga Eton Park Capital Management. Passoni vai trabalhar de Miami.

Antes entrar no SoftBank em 2015, Nyatta trabalhou no JPMorgan e na McKinsey. O executivo dividirá suas atividades entre os escritórios de Miami e Vale do Silício.

O SoftBank tem um histórico de investimentos na América Latina. Em 2000, criou o SoftBank Latin America Ventures para apoiar as empresas do grupo na região e investir em startups. Em 2017, a controladora investiu US$ 100 milhões no aplicativo brasileiro de transporte 99. E, no ano passado, seu Vision Fund investiu US$ 100 milhões na startup de entregas expressas Loggi, apostando no rápido crescimento do comércio on-line.

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