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Não sabe programar? Para startup, Harry Potter pode ser a solução mágica

Jovens aspirantes a desenvolvedores poderão usar um novo kit de programação criado pela Kano, que inclui uma varinha mágica física

O primeiro filme da série Harry Potter: há mais semelhanças do que você imagina entre o mundos dos bruxos e o da programação (Reprodução da web/Reprodução)

Mariana Fonseca

Publicado em 26 de julho de 2018 às 06h00.

Última atualização em 26 de julho de 2018 às 06h00.

Harry Potter nunca aprendeu códigos de computadores , mas uma startup com sede em Londres pretende ajudar as crianças a programar com ajuda do famoso mago.

Os jovens aspirantes a desenvolvedores poderão usar um novo kit de programação criado pela Kano, que inclui uma varinha mágica física que responde ao movimento da mão, para aprender a recriar alguns dos feitiços vistos nos famosos filmes, como Wingardium Leviosa e Estupefaça.

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Quando for lançado, em outubro, por meio de uma parceria com a Warner Bros., o kit de programação Harry Potter da Kano custará US$ 99 e apresentará às crianças linguagens de programação como JavaScript, que tem utilidade no mundo real e moderno do design web e do desenvolvimento de software.

A Kano, fundada em 2013, produz kits de informática do tipo “faça você mesmo” para crianças - ou para qualquer um - e tem uma plataforma online própria com a qual é possível criar jogos. Alex Klein, cofundador e CEO da Kano, disse que o kit com varinha mágica foi concebido depois que executivos do Walmart, que comercializa os produtos da startup nos EUA, se interessaram pelos produtos da empresa que têm sensores de movimento.

“Nossos parceiros do Walmart sugeriram que mostrássemos à Warner Brothers porque a interação no ar dava a sensação de mágica, e eles sabiam que Harry Potter estava crescendo”, disse Klein por e-mail.

Em uma visita ao estúdio da empresa de entretenimento em Los Angeles, em 2017, Klein disse que sugeriu que havia “uma conexão entre nosso mundo, onde uma pequena classe de ’magos’ secretos comanda o reino da computação, dos códigos e da aprendizagem de máquina - e o restante de nós está emperrado, como trouxas confusos”, fazendo referência aos habitantes do universo de Harry Potter que não têm poderes mágicos.

A ideia de estimular crianças a programar se tornou um grande foco comercial para muitas empresas. Em junho, a Mattel lançou a Robotics Engineer Barbie. Além de um laptop roxo para a boneca polímata e antenada com a moda, o brinquedo também ajuda crianças a aprender programação por meio de uma parceria com a Tynker, uma plataforma educativa baseada em jogos.

O Lego Boost foi criado pelo novo CEO da empresa dinamarquesa de blocos de construção, Niels B. Christiansen, em parte para dar às crianças acesso a uma nova forma de aprender programação de computadores, mas também para ajudar a reverter a queda nas vendas.

Os governos estão se esforçando para tornar essas habilidades acessíveis. Em 2015, o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, prometeu que, por volta de 2025, todos os estudantes de escolas públicas da cidade estariam aprendendo ciências da computação. No Reino Unido, a matéria faz parte do currículo nacional para crianças a partir dos 5 anos desde 2014. Na China, há anos os pais matriculam os filhos em aulas de programação já na pré-escola.

“Os jovens precisam aprender a programar para que possam elaborar, selecionar e fabricar tecnologias com confiança”, disse Adam Freeman, cofundador da empresa britânica de talentos digitais Freeformers. “Todas as carreiras, profissões ou escolhas de vida se beneficiam com essa habilidade e essa mentalidade.”

A Kano foi fundada em 2013 pelo ex-jornalista Alex Klein, por seu tio, o capitalista de risco Saul Klein, e por Yonatan Raz-Fridman. Até o momento, a empresa recebeu cerca de US$ 37 milhões em financiamento de capital de risco.

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