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Meu produto é incrível, mas não consigo vender. O que fazer?

Vendas é um jogo de informações, paciência e atitude

Vendedor de loja da Apple em Melbourne orienta comprador (©AFP / William West)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2015 às 09h00.

Para começar, é importante lembrar que desenvolver e vender um produto ou serviço são duas coisas distintas, porém interligadas. É claro que você sabe disso, mas dedicou muito tempo no desenvolvimento da sua startup e não focou o suficiente em vendas.

É muito importante começar a vender ou pensar em vendas mesmo no período da validação. Ou seja, venda o seu produto enquanto você estiver construindo o negócio.

Muitas das startups que eu vi falhar nos seus resultados, demoraram muito a pensar em vendas e só foram ao mercado quando o fundador disse: “Agora sim, estamos prontos para VENDER.” As que se deram bem, começaram suas vendas enquanto ainda desenvolviam o negócio ou contrataram especialistas para isso.

Ok. Entendido este ponto, mas continua angustiado porque que suas vendas não acontecem e seus números e resultados planejados, não aparecem?

Claro, vendas é um jogo de informações, paciência e atitude. Vamos imaginar por exemplo, a seguinte situação:

Você tem um serviço que está liberado o período gratuito mas os clientes não clicam no botão upgrade (comprar)

Vamos lá, comece a pensar em vendas como um ciclo, ou seja, o período da gratuidade também faz parte deste ciclo. O fato dele assinar o período gratuito é também uma venda, mas uma venda sem remuneração, mas é uma venda pois ele passou de visitante para cliente ou assinante. Aconteceu a primeira Conversão. Agora no ciclo seguinte é preciso fazer este cliente PAGAR.

Primeiro QUALIFIQUE os clientes cadastrados no período gratuito. Faça um planilha e estude cada cliente, o que ele usa do seu serviço, o que ele precisa, o que ele pergunta, ou seja, o máximo de informação possível; Na sequência, crie uma nomenclatura e níveis para separar e qualificar esses clientes, por exemplo:

Nível [1] 1.1) Ativos, 1.2) Inativos, 1.3) Insatisfeitos
Nível [2] 2.1) Provável, 2.2) Possível, 2.3) Difícil, 2.4) Desistir
Nível [3] 3.1) Prontos para comprar rápido, 3.2) Em breve, 3.3) Demorado , 3.3) Esperando, 3.4) Nunca.
Não tem essas informações, faça uma pesquisa atrativa ou bonificada com eles, para ter as respostas que precisa.

Após isso, promova a qualificação. Nem preciso dizer que seu foco principal na seleção de clientes para começar trabalhar vendas, será o nível 1.1, 2.1 e 2.2 e ainda o 3.1.

Para os cliente que querem continuar grátis, transforme-os pelo menos em testemunhais, ou seja, trabalhar de graça, só se for uma estratégia para ganhar mais dinheiro atraindo novos clientes pagantes. Mas atenção, Se você trocar receitas para depoimentos, obviamente no curto prazo, você teria apenas depoimentos e não receitas.

Para aqueles clientes que querem seus serviços mas não podem pagar o preço, ofereça Descontos, MAS somente para aqueles que querem trabalhar com você, mas não têm o orçamento que precisaria que eles tivessem.

Se o seu produto só está vendendo por causa do desconto, sua precificação esta errada. Refaça urgente todo plano de negócio.

Mas atenção tudo só faz sentido se seu negócio tiver alguns pontos principais:

1) Os seus clientes precisam de você, tanto quanto você precisa deles?

2) Qual o problema que seu produto ou serviço resolve? Para identificar isso, faça o seguinte teste: Olhe para as coisas que você compra mesmo com pouco dinheiro. Você vai entender a lógica da compra.

Por exemplo, você compraria espaço extra em uma serviço como 4shared ou DropBox? Se sim, por que? Porque sem esse espaço extra você não consegue gravar novos arquivos e seu trabalho ficaria difícil.

Pense nesse exemplo, quando for oferecer seus serviços aos clientes. Como você pode ajudá-los a resolver os seus problemas. É preciso ser capaz de além de identificar a dor, mostrar um benefício econômico significativo. Assim ele vão pagar.

Por exemplo, eu mesmo estava querendo usar o serviço da startup Blogo mas pelo motivo da percepção de que este serviço não ser essencial na minha vida, não queria pagar pelo valor que estava na Apple Store, mesmo entendendo como um serviço bacana que me ajudaria na minha atividade de Blogueiro (Escrevo em alguns Blogs de forma simultânea).

Mas meu status era de ”Provável Cliente aguardando”. O que aconteceu, veio o Black Friday e uma oferta do Blogo e ai, BINGO, ali estava a oportunidade que estava esperando para comprar. Comprei e usei. O que aconteceu? Hoje não vivo sem ele, minha percepção como cliente estava equivocada em relação ao Blogo. Mas precisei de um impulso ou empurrão para apertar o botão comprar e comprovar isso.

Porque estou relatando o caso do Blogo, porque em VENDAS são muitas variáveis e fatores para acontecer uma venda. Você tem que mapear comportamentos, usar Inteligência e agir incansavelmente em função da conversão de vendas.

Existem muitas ferramentas, técnicas e estratégias para vender. Você mesmo deve ter lido ou ouvido falar de várias. Mas o que quero mostrar neste artigo é que só a prática é capaz de te mostrar como tudo realmente funciona.

São Paulo – A maioria dos empreendedores sonha com o dia em que a sua startup revolucionará o mercado nacional e internacional. Reconhecimento do público e de especialistas do mercado são alguns sinais de que os donos de startups estão no caminho correto. Com a ajuda de Yuri Gitahy, membro do conselho da ABStartups, Guilherme Calheiros, diretor de Inovação e Competitividade Empresarial, do Porto Digital, Camila Farani, investidora-anjo, e Reinaldo Normand, empreendedor, EXAME.com listou as startups para você ficar de olho no ano que vem.
  • 2. Theranos

    2 /10(Divulgação/Theranos)

  • Veja também

    A empreendedora Elizabeth Holmes é fundadora e CEO da Theranos, startup que revolucionou o mercado de saúde dos Estados Unidos. A empresa criou uma tecnologia em que exames laboratoriais são realizados com apenas uma gota de sangue e com um custo bem inferior aos exames tradicionais. Neste ano, foi anunciada a parceria com a rede de farmácias Walgreens, que levará a tecnologia para todo o país.
  • 3. Hotel Urbano

    3 /10(Marcelo Correa)

  • Fundado em 2011, pelos irmãos João e Eduardo Mendes, o site de turismo Hotel Urbano tem diversificado a sua atuação para competir com outros players do segmento. “Ainda está cedo para saber o que sai dessa briga, mas todos os sinais indicam que 2015 irá conhecer uma empresa bilionária brasileira que não passou de cinco anos de operação”, afirma Gitahy. No ano passado, a empresa teve receitas de 450 milhões de reais e recebeu um aporte de 120 milhões de reais do fundo Tiger neste ano.
  • 4. Instacart

    4 /10(Divulgação/Instacart)

    Fundada em 2012, a startup Instacart tem um aplicativo que permite que o consumidor compre comida, inclusive perecíveis, diretamente dos maiores supermercados norte-americanos. A entrega da compra é feita em uma hora por meio dos colaboradores da empresa. A startup já arrecadou 154,8 milhões de dólares de investimento de investidores como Sequoia, Khosla Ventures, Canaan Partners, entre outros.
  • 5. Truckpad

    5 /10(Divulgação/Truckpad)

    O Truckpad tem como principal objetivo conectar o caminhoneiro à carga. Por meio de um aplicativo gratuito, o caminhoneiro autônomo pode localizar a sua próxima carga ou frete. Já as empresas que precisam de caminhoneiros podem usar o app para contratar o servico e acompanhar a viagem do motorista. Recentemente, a startup conquistou o prêmio de melhor startup da Expo Winter 2014, na Plug and Play Tech Center. Além disso, também foi destaque no Demo Brasil 2014 e na Startup Weekend.
  • 6. Slack

    6 /10(Wikimedia Commons)

    A startup Slack atua na área de comunicação corporativa e tem apenas um ano. É financiada pelo Google e já está avaliada em mais de 1 bilhão de dólares. Stewart Butterfield, cofundador e CEO da empresa, também fundou o Flickr.
  • 7. Mr. Plot

    7 /10(Divulgação/Mr. Plot)

    A Mr. Plot foi fundada em Recife, no final de 2011, pelos empreendedores Felipe Almeida e Leandro Melo. A empresa está incubada no Porto Digital e é especializada em aplicativos para tablets e smartphones, jogos digitais e animações para que as crianças possam aprender brincando. O faturamento vem do licenciamentos de DVDs, peças de teatro e com a transmissão do programa Bita, no canal Discovery Kids e na América Latina.
  • 8. SpaceX

    8 /10(Jordan Strauss/Getty Image)

    A SpaceX é uma empresa do empreendedor Elon Musk, cofundador do PayPal. No ano que vem, a companhia lançará o primeiro foguete reutilizável para lança-lo ao espaço. A empresa tem contratos com a Nasa e a Boeing. Um dos objetivos de Musk é enviar naves tripuladas para Marte.
  • 9. Sympla

    9 /10(Divulgação/Sympla)

    Fundada em 2012, em Belo Horizonte, a Sympla é uma startup de venda online de ingressos e gestão de eventos. Para o ano que vem, a empresa espera faturar 50 milhões em vendas mesmo tendo concorrentes como a americana Eventbrite.
  • 10. Agora, leia mais sobre empreendedorismo

    10 /10(Divulgação/Los Paleteros)

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