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Healthtech Alice anuncia compra da startup Cuidas, de saúde corporativa

Depois de receber US$ 33 milhões em rodada série B, a healthtech Alice faz sua primeira aquisição para expandir no segmento de saúde empresarial

Fundadores da Cuidas e da Alice: primeira aquisição mira mercado corporativo (Alice/Divulgação)
MC

Maria Clara Dias

Publicado em 23 de novembro de 2021 às 12h31.

Queridinha de investidores e que já atraiu cheques que totalizam 47 milhões de dólares em dois anos de existência, a healthtech Alice já havia antecipado o desejo de ir além dos planos de saúde para pessoas físicas desacreditadas de seus planos atuais ou sem cobertura médica para também mirar no mercado corporativo . Como resultado dessa estratégia, a Alice concluiu nesta terça-feira, 23, a sua primeira aquisição: a da startup Cuidas, de saúde corporativa. O valor da transação não foi divulgado.

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Fundada em 2018 por Deborah Alves e João Vogel, a Cuidas mira empresas interessadas em cuidar da saúde de seus funcionários. Com tecnologia, o que a Cuidas oferece é o atendimento primário — aquele feito como uma espécie de triagem. Com a orientação feita por médicos virtualmente, a proposta é evitar idas desnecessárias aos hospitais de forma emergencial e assim, aliviar o sistema de saúde e, consequentemente, reduzir os gastos de empresas que custeiam esse atendimento a seus funcionários.

Segundo os fundadores da Alice, um dos principais objetivos da aquisição é trazer para a operadora de saúde os talentos das áreas de engenharia, tecnologia e saúde, como médicos e enfermeiros, da Cuidas.

"Alice e Cuidas possuem a mesma visão sobre o futuro da saúde. Ambas as empresas têm a convicção de que atenção primária e tecnologia formam o caminho para a  reconstrução da saúde no Brasil", disse, em nota, André Florence, co-fundador e CEO da Alice. "Estamos ansiosos para trabalharmos juntos e tornar o mundo mais saudável".

A proposta é, além dos talentos, trazer novas funcionalidades para a Alice. Na esteira de novas preocupações pelo bem-estar de funcionários, a Cuidas deve reforçar na Alice verticais importantes para empresas que consideram o bem-estar das aquipes, como saúde mental, sono, alimentação e atividade física. "A Cuidas significa um reforço em nossas equipes para atender a essa demanda", diz Florence.

A ambição pela entrada no mercado corporativo (B2B), na Alice, vem junto de um momento de expansão. Há menos de um mês, a startup lançou seu "super aplicativo", que dá acesso às ferramentas de saúde da startup, como atendimento imediato, além de consultas digitais com especialistas de diferentes áreas por preços a partir de R$ 79,90. Segundo a empresa, 88% das queixas de saúde dos membros da Alice são resolvidas por meio desse canal — sem que eles precisem sair de casa.

Para a Cuidas, a união com a Alice deve acelerar ainda mais um ritmo que já se mostrou promissor no passado. Em 2019, a startup cresceu quatro vezes mais do que no primeiro ano de fundação e, em 2020, o crescimento foi quatro vezes maior.

Antes da aquisição pela healthtech, a Cuidas levantou 22 milhões de reais com os fundos Kaszek Ventures, Canary, Península Participações, empresa de investimentos da família Abilio Diniz e importantes investidores-anjo, como Jorge Paulo Lemann.

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