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Empresas vão além do Papai Noel para vender neste Natal

Com um cenário econômico sombrio, empreendedores pensam em estratégias inovadoras para garantir as vendas de fim de ano.

Papai Noel: Natal em meio a crise exige estratégias inovadoras das empresas (Thinkstock)

Mariana Desidério

Publicado em 15 de dezembro de 2015 às 05h00.

São Paulo – O Natal está quase aí, e muitas empresas estão quebrando a cabeça para descobrir uma forma desta data não se transformar num enorme fiasco para as vendas . Isso porque, com a crise econômica, a previsão é de que o fim de ano seja o pior dos últimos 11 anos. No varejo, a expectativa é de que as vendas tenham queda de 4,8%.

Com essa expectativa sombria, alguns empreendedores chegaram à conclusão de que neste ano não basta apenas colocar o Papai Noel na porta da loja para levantar as vendas. É necessário fazer algo a mais. Mas o quê?

EXAME.com procurou empresas que optaram por iniciativas inusitadas para atrair o cliente neste fim de ano. Veja a seguir.

1 – Dídio Pizza – Venda ativa

Para levantar as vendas de final de ano, a rede de pizzarias Dídio decidiu investir num sistema de vendas ativas. Em vez de esperar pela ligação do cliente, agora é a rede que telefona.

“Com ajuda da tecnologia, montamos um sistema que liga para o cliente e oferece nossas promoções. Se ele se interessar, é redirecionado para nossa central de pedidos”, conta o empreendedor Elídio Biazini, dono da rede de franquias.

O sistema começou a funcionar há um mês e já está dando resultado. Segundo Biazini, as vendas quase dobraram em alguns dias da semana. De acordo com ele, a rede deve fechar o ano com aumento de 12% no faturamento.

Outra iniciativa da rede para o Natal foi o lançamento de um novo sabor de pizza doce, o Quebra Nozes, feito com nozes e chocolate.

2 – Sorveteria Dri Dri – Parceria entre marcas

Enquanto muitas lojas buscam crescer competindo com o concorrente, a sorveteria italiana Dri Dri decidiu por outro caminho neste fim de ano. Para ajudar a divulgar sua marca, a loja fez uma parceria com a doceria Sucrier e criou novos sabores de sorvete.

“Criamos sabores com a matéria prima deles e vendemos produtos deles nas nossas lojas. Em troca, eles vendem nossos produtos na loja deles também”, explica um dos sócios, Nicolas de Virieu.

Segundo o empreendedor, a ideia é ampliar essa estratégia no ano que vem, com novas parcerias. “Assim a gente consegue divulgar nossa marca em mais lugares”, ressalta.

3 – Found it – Consultoria por Whatsapp

A loja virtual de presentes Found it desenvolveu um sistema de consultoria para ajudar o cliente a comprar presentes neste final ano. “No e-commerce, não existe o contato direto com o vendedor. Então tentamos substituir essa relação pela figura do assessor de presentes”, conta o empreendedor Thiago Speranzini.

A ferramenta funciona assim: o cliente explica quem é o presenteado, quais são os interesses dele e o valor que está disposto a pagar pelo presente. A partir daí, o consultor faz algumas sugestões.

A novidade ainda vai além com a disponibilização do serviço também pelo Whatsapp, por onde o cliente pode tirar dúvidas rápidas. O serviço é gratuito. Para Speranzini, a resposta à novidade tem sido positiva. “Essa humanização deixa as pessoas muito mais satisfeitas e gerou um contentamento bem grande entre os clientes”.

4 – Outer Shoes – Entrega de bicicleta

A fim de se diferenciar dos concorrentes, a marca de calçados Outer Shoes resolveu reforçar o setor de entregas neste fim de ano, para garantir que seus cientes recebam o produto rapidamente, mesmo num período de maior trânsito nas cidades. Por isso, os sapatos comprados pela internet serão entregues de bicicleta na cidade do Rio de Janeiro.

“Acreditamos que será uma entrega rápida, moderna, sustentável, viável e em sintonia com o que a Outer Shoes acredita, uma vida saudável e urbana”, afirma Breno Bulus, fundador da rede.

Por esse sistema, a marca garante a entrega do produto no dia útil seguinte à compra. Se a ideia der certo, a intenção da marca é levar a entrega de bike para outras cidades.

São Paulo – A economia brasileira não está em seus melhores momentos, mas isso não quer dizer que não vale a pena iniciar um negócio. Existem diversos setores que tendem a continuam lucrativos mesmo em épocas de vacas magras. Pensando nisso, o site Entrepeneur listou dez ideias de negócio que podem resistir a qualquer cenário econômico. A lista é focada no mercado americano, mas se encaixa como uma luva na realidade dos empreendedores brasileiros. Navegue pelas fotos acima e veja dez ideias de negócio que sobrevivem a qualquer crise .
  • 2. 1 – Bebibas

    2 /12(Thinkstock)

  • Veja também

    Negócios voltados para o consumo de bebidas alcoólicas tendem a caminhar bem em períodos de crise. Segundo o site, o segredo está no hábito que as pessoas desenvolvem em torno da bebida – se for realmente parte da rotina, ninguém vai deixar de beber por conta da crise, mesmo que compre produtos mais baratos.
  • 3. 2 – Cosméticos

    3 /12(Thinkstock)

  • O mercado de cosméticos também se vira bem em épocas de recessão, seja nos Estados Unidos, seja no Brasil. Por aqui, o setor deve crescer de 10% a 15% em 2015, apesar da desaceleração que atinge outros segmentos.
  • 4. 3 – Cinema

    4 /12(Getty Images)

    Essa ideia vale mais para quem mora numa cidade média ou pequena. Segundo o Entrepeneur, os cinemas também costumam resistir bem às crises e podem ser uma alternativa para garantir o entretenimento na sua cidade. Uma sugestão é casar a exibição de filmes com um espaço para comida.
  • 5. 4 – Cuidados com a saúde

    5 /12(Thinkstock)

    O envelhecimento da população é uma realidade e deve criar oportunidades para quem quer trabalhar com cuidados de idosos e enfermagem. Uma ideia sugerida pela publicação é a de serviços peer-to-peer, ou seja, que conectem pessoas interessadas no serviço com profissionais da área, como o Uber.
  • 6. 5 – Comida saudável

    6 /12(Freeimages)

    Alimentação saudável e produtos orgânicos estão em alta tanto aqui quanto nos Estados Unidos. Sendo assim, uma boa alternativa para a crise pode ser focar esforços na venda desses produtos, ou ainda criar uma linha de produtos e distribuí-la.
  • 7. 6 - Doces

    7 /12(Thinkstock)

    Assim como as pessoas não deixam de beber porque estão sem dinheiro, o mesmo vale para aquele docinho depois do almoço. Portanto, investir em sobremesas pode ser uma boa pedida. Uma possibilidade é unir esse ramo com o das comidas especiais para fazer doces orgânicos, veganos ou sem glúten.
  • 8. 7 – Oficina

    8 /12(Thinkstock)

    Se a economia está em crise, as pessoas em geral deixam de comprar um carro novo, por exemplo, para consertar o antigo. Portanto, vale a pena verificar como está o mercado de oficinas na sua região.
  • 9. 8 – Brechós

    9 /12(Thinkstock)

    O mesmo movimento que leva as pessoas a consertarem seu carro velho faz com que elas busquem roupas usadas em vez de comprar peças novas. Por isso, um brechó pode ser uma boa ideia de negócio.
  • 10. 9 – Serviços funerários

    10 /12(Thinkstock)

    Mesmo na recessão, é certo que as pessoas continuarão morrendo. Por isso, uma possibilidade é investir em serviços funerários.
  • 11. 10 – Contabilidade

    11 /12(thinkstock)

    Segundo o Entrepeneur, contadores costumam atravessar crises econômicas melhor que o restante dos mortais. Isso porque esse é um período em que as pessoas estão preocupadas em reter a maior parte possível do que ganham, assim como o leão quer abocanhar tudo o quanto pode, o que torna o serviço de contabilidade mais requisitado.
  • 12. Veja agora os famosos que também abriram um negócio

    12 /12(Reprodução)

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