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Donos de restaurantes nos EUA estão prontos para era pós-covid

Com a vacinação contra o coronavírus e o pacote de estímulo econômico de Joe Biden, os bares e restaurantes que sobreviveram veem boas oportunidades de crescimento

Restaurantes: 91.000 estabelecimentos fecharam em 2020 nos Estados Unidos (Nina Westervelt/Bloomberg)
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Carolina Ingizza

Publicado em 16 de março de 2021 às 16h15.

Última atualização em 16 de março de 2021 às 21h11.

Em 2020, um número recorde de restaurantes fechou as portas para sempre nos Estados Unidos.Em 2021, os sobreviventes do setor veem uma oportunidade sem precedentes.

Proprietários em crise estão oferecendo mais concessões do que nunca para alugar imóveis, enquanto a promessa de retorno à normalidade com as vacinas - e uma nova rodada de estímulo do governo - deve liberar a demanda reprimida para comer fora. Isso prepara o terreno para uma série de inaugurações de restaurantes até o próximo ano.

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É uma paisagem muito irregular. Enquanto a maior parte dos cerca de 91.000 restaurantes e bares que fecharam em 2020 eram pequenos estabelecimentos familiares, muitos dos que agora estão com pressa para abrir são redes ou conveniências da era covid, como cozinhas fantasmas.

Isso não apenas sinaliza uma rápida aceleração de uma tendência de décadas de restaurantes locais dando lugar a empresas apoiadas por corporações, mas destaca, mais uma vez, como a pandemia exacerbou a desigualdade que marca quase todas as facetas da economia dos EUA: empresas fortes, com muito dinheiro, estão prosperando, enquanto os mais fracos lutam para sobreviver.

“É uma economia de quem tem e quem não tem”, disse Camille Renshaw, diretora-presidente da B+E Brokerage, uma corretora de imóveis comerciais especializada em propriedades de um único inquilino que costuma trabalhar com redes de restaurantes. “Aqueles com linhas de crédito estão acessando essas linhas e usando isso de forma bastante oportunista agora.”

A Chipotle Mexican Grill planeja abrir 200 unidades este ano. A C3, que opera as chamadas redes “fast casual” e cozinhas fantasmas que preparam comida apenas para entrega, espera assinar 300 novos contratos. Operadores de restaurantes de luxo, como Jason Berry, fundador da Knead Hospitality + Design, também veem uma oportunidade.

“Quando a poeira baixar, não haverá melhor momento do ponto de vista financeiro para dar um mergulho empresarial”, disse Berry, cuja empresa opera restaurantes na área de Washington, DC. Ele espera uma forte recuperação em 2022 e 2023.

Obviamente, a oportunidade decorre em grande parte de fechamentos generalizados após restrições de capacidade, vendas em queda e novos custos operacionais. Depois dos fechamentos sem precedentes no ano passado, outros 26.000 restaurantes devem fechar em 2021 devido à contínua queda da demanda na pandemia, de acordo com estimativa da Technomic, uma empresa de pesquisa de Chicago especializada na indústria de food service. O crescimento deve se acelerar no próximo ano e continuar até 2025.

Com a colaboração de Natalie Wong, Kate Krader, Patrick Clark, Leslie Patton e Alex Wittenberg.

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