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Do risoto para os vizinhos à comida pronta para empresas

Felipe Oria Carneiro começou vendendo risoto por encomenda para os vizinhos do prédio. Hoje, fornece comida pronta para restaurantes, supermercados e pela internet. Qual o melhor caminho para crescer?

Felipe Oria Carneiro, da Oria: já fornece para redes como Pizza Hut e varejistas como Santa Luzia, mas qual o melhor caminho para crescer? (Daniela Toviansky/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2011 às 08h00.

O paulistano Felipe Oria Carneiro, de 38 anos, tem uma trajetória típica de muitos em-preendedo­res que fazem de um hobby um negócio promissor.

Há pouco mais de dez anos, depois de perder o emprego como executivo de uma grande empresa, ele começou a se oferecer para cozinhar para os vizinhos do prédio em que morava. “Eu fazia um risoto de dar água na boca”, diz. “Pus cartazes no elevador vendendo comida pronta e me oferecendo para preparar um jantar.”

Os pratos agradaram à vizinhança — e Carneiro viu uma oportunidade para profissionalizar o negócio. Passou a procurar donos de restaurantes propondo a eles fornecer comida pronta para compor o cardápio.

Hoje, Carneiro é dono da Oria, que no ano passado faturou 1,5 milhão de reais vendendo risotos, massas, molhos e outros pratos prontos.

Os restaurantes responderam por 60% das receitas em 2010. A comida é fornecida em porções individuais, preparada sem conservantes e pode ser guardada no refrigerador por até 30 dias.

Agora, Carneiro acredita que é hora de dar um novo impulso à empresa, fazendo seus pratos chegarem diretamente ao consumidor. “Os negócios com os restaurantes sustentam as receitas, mas minha marca não aparece”, diz ele.

Por isso, no ano passado Carneiro começou um esforço para se aproximar dos consumidores. Primeiro,  abriu pontos de venda em supermercados paulistanos, como o Santa Luzia.

Depois, transformou o site da empresa numa loja virtual — os clientes recebem os pratos prontos em até 24 horas após o pedido. “Espero que a presença nos supermercados e no varejo online ajude a empresa a se tornar mais conhecida”, diz Carneiro.
Diante de tantas alternativas, qual o melhor caminho para manter a expansão da Oria?


Para analisar o desafio que a empresa tem pela frente, EXAME PME ouviu os empreendedores Cesar de Oliveira, sócio-diretor da Microsens — empresa de Londrina, no Paraná, que mantém a loja virtual Megamamute —, e Roberto Costa, fundador da Exal, empresa curitibana de refeições coletivas.

Próximos passos:

Expor a marca nos restaurantes
Roberto Costa, da EXAL - Curitiba, PR
Refeições coletivas com faturamento de 36 milhões de reais em 2010

• Perspectivas: A Oria parece estar bem posicionada para aproveitar as principais tendências do mercado de alimentação. Há cada vez mais gente fazendo refeições fora de casa ou sem tempo e disposição para cozinhar, o que é bom tanto para os negócios com restaurantes quanto para as vendas no varejo.

• Oportunidades: Não usar conservantes nos alimentos pode dar a Carneiro uma arma poderosa para concorrer com as refeições prontas de grandes marcas de alimentos que estão à venda no varejo. A marca pode se fortalecer caso consiga transmitir para os consumidores uma imagem de alimentação saudável.

• O que fazer: Carneiro deve continuar investindo para abrir espaço no varejo e nas vendas online. Para tornar sua marca mais conhecida, pode fechar parcerias com alguns restaurantes e redes de franquias para servir seus pratos, ressaltando sua marca no cardápio — e permitir que os clientes saibam o que estão comendo.

Acelerar a entrega das vendas online
Cesar de Oliveira, da MICROSENS — Londrina, PR
Varejista de eletroeletrônicos com faturamento de 22 milhões de reais em 2010

• Perspectivas: Negócios de conveniência, como o de refeições prontas, têm muito espaço para crescer através da internet. Geralmente, o consumidor que não tem tempo nem disposição para cozinhar é o mesmo que gostaria de poder comprar tudo o que precisa sem sair de casa.

• Oportunidades: As vendas online podem ser uma ferramenta útil para fortalecer a marca. Vender para grandes varejistas pode ser bastante complicado para pequenas empresas. Carneiro pode usar a internet para aumentar suas receitas até conseguir poder de barganha para negociar melhor com os supermercados.

• O que fazer: As vendas online da Oria podem aumentar muito caso a entrega dos pedidos seja feita no mesmo dia, e não de um dia para o outro, como é hoje. A empresa talvez esteja deixando de atender clientes que precisam preparar um jantar imprevisto ou tomam decisões de última hora, por exemplo.

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O paulistano Felipe Oria Carneiro, de 38 anos, tem uma trajetória típica de muitos em-preendedo­res que fazem de um hobby um negócio promissor.

Há pouco mais de dez anos, depois de perder o emprego como executivo de uma grande empresa, ele começou a se oferecer para cozinhar para os vizinhos do prédio em que morava. “Eu fazia um risoto de dar água na boca”, diz. “Pus cartazes no elevador vendendo comida pronta e me oferecendo para preparar um jantar.”

Os pratos agradaram à vizinhança — e Carneiro viu uma oportunidade para profissionalizar o negócio. Passou a procurar donos de restaurantes propondo a eles fornecer comida pronta para compor o cardápio.

Hoje, Carneiro é dono da Oria, que no ano passado faturou 1,5 milhão de reais vendendo risotos, massas, molhos e outros pratos prontos.

Os restaurantes responderam por 60% das receitas em 2010. A comida é fornecida em porções individuais, preparada sem conservantes e pode ser guardada no refrigerador por até 30 dias.

Agora, Carneiro acredita que é hora de dar um novo impulso à empresa, fazendo seus pratos chegarem diretamente ao consumidor. “Os negócios com os restaurantes sustentam as receitas, mas minha marca não aparece”, diz ele.

Por isso, no ano passado Carneiro começou um esforço para se aproximar dos consumidores. Primeiro,  abriu pontos de venda em supermercados paulistanos, como o Santa Luzia.

Depois, transformou o site da empresa numa loja virtual — os clientes recebem os pratos prontos em até 24 horas após o pedido. “Espero que a presença nos supermercados e no varejo online ajude a empresa a se tornar mais conhecida”, diz Carneiro.
Diante de tantas alternativas, qual o melhor caminho para manter a expansão da Oria?


Para analisar o desafio que a empresa tem pela frente, EXAME PME ouviu os empreendedores Cesar de Oliveira, sócio-diretor da Microsens — empresa de Londrina, no Paraná, que mantém a loja virtual Megamamute —, e Roberto Costa, fundador da Exal, empresa curitibana de refeições coletivas.

Próximos passos:

Expor a marca nos restaurantes
Roberto Costa, da EXAL - Curitiba, PR
Refeições coletivas com faturamento de 36 milhões de reais em 2010

• Perspectivas: A Oria parece estar bem posicionada para aproveitar as principais tendências do mercado de alimentação. Há cada vez mais gente fazendo refeições fora de casa ou sem tempo e disposição para cozinhar, o que é bom tanto para os negócios com restaurantes quanto para as vendas no varejo.

• Oportunidades: Não usar conservantes nos alimentos pode dar a Carneiro uma arma poderosa para concorrer com as refeições prontas de grandes marcas de alimentos que estão à venda no varejo. A marca pode se fortalecer caso consiga transmitir para os consumidores uma imagem de alimentação saudável.

• O que fazer: Carneiro deve continuar investindo para abrir espaço no varejo e nas vendas online. Para tornar sua marca mais conhecida, pode fechar parcerias com alguns restaurantes e redes de franquias para servir seus pratos, ressaltando sua marca no cardápio — e permitir que os clientes saibam o que estão comendo.

Acelerar a entrega das vendas online
Cesar de Oliveira, da MICROSENS — Londrina, PR
Varejista de eletroeletrônicos com faturamento de 22 milhões de reais em 2010

• Perspectivas: Negócios de conveniência, como o de refeições prontas, têm muito espaço para crescer através da internet. Geralmente, o consumidor que não tem tempo nem disposição para cozinhar é o mesmo que gostaria de poder comprar tudo o que precisa sem sair de casa.

• Oportunidades: As vendas online podem ser uma ferramenta útil para fortalecer a marca. Vender para grandes varejistas pode ser bastante complicado para pequenas empresas. Carneiro pode usar a internet para aumentar suas receitas até conseguir poder de barganha para negociar melhor com os supermercados.

• O que fazer: As vendas online da Oria podem aumentar muito caso a entrega dos pedidos seja feita no mesmo dia, e não de um dia para o outro, como é hoje. A empresa talvez esteja deixando de atender clientes que precisam preparar um jantar imprevisto ou tomam decisões de última hora, por exemplo.

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