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Entreter crianças em shoppings é o negócio da Play Space

Serviço inovador, criado pela carioca Maria Eduarda de Queiroz, ja fatura 3 milhões de reais por ano

Maria Eduarda de Queiroz, da Play Space, com os filhos: diversão com hora marcada (Daniela Toviansky / EXAME PME)
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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2014 às 20h09.

São Paulo - A carioca Maria Eduarda de Queiroz, de 38 anos, cobra de 60 a 80 reais por hora para entreter crianças em seus quatro espaços de recreação nos shoppings Morumbi, Cidade Jardim, Anália Franco e São Caetano, todos na Grande São Paulo. O valor cobrado é até dez vezes maior do que o do primeiro ano de funcionamento da Play Space, fundada por ela em 1998.

Maria Eduar­da conseguiu transformar um simples playground num espaço lúdico com aura de sofisticação. Em 2013, a empresa faturou 3 milhões de reais, 20% mais do que no ano anterior.

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“Nas primeiras semanas, as pessoas achavam que era um serviço disponibilizado como cortesia pelo shopping”, diz Maria Eduarda. “Logo percebi que deveria profissionalizar o local para ser algo melhor do que uma conveniência comum aos pais.”

Ela deu charme ao espaço fazendo parceria com marcas do mundo infantil, como a fabricante de brinquedos Mattel, que forneceu bonecas Barbie e carrinhos Hot Wheels. Também contratou os mesmos cenógrafos que trabalhavam para o Castelo Rá-Tim- Bum — programa de TV que fez sucesso nos anos 90 entre crianças e adolescentes — para montar os cenários da Play Space.

Os recreadores ganharam um plano de carreira e são treinados por aqueles com mais tempo de casa. “Os funcionários não ficam apenas monitorando o que acontece”, diz Maria Eduarda. “Eles participam das brincadeiras e se fantasiam de pirata, fada e princesa.”

Uma vez por mês, a equipe faz uma reunião para pensar em novas atividades e avaliar quais estão segurando mais a atenção da molecada. A empresa tem um manual com mais de 200 atrações, como shows de mágica, teatrinhos de fantoche e aulas de artesanato e culinária, intercaladas entre os dias.

Um camarim de penteados foi montado dentro do espaço. “O objetivo é que a criança não se entedie e queira voltar diversas vezes”, diz Maria Eduarda. O ingresso dá direito a lanches com biscoito, suco, cachorro-quente e pão de queijo. O cardápio é adaptado para quem tem restrições alimentares. As crianças com intolerância a lactose, por exemplo, são identificadas com uma pulseira laranja.

A ideia de montar a Play Space surgiu quando nasceu a primeira filha de Maria Eduarda, em 1997. “A gente ia passear nos shoppings e os lugares que recebiam crianças se restringiam a uma estrutura mambembe, com cercadinho de plástico”, diz Maria Eduar­da. “Não passavam a confiança necessária para deixar minha filha lá enquanto fazia outras coisas.”

O projeto foi apresentado aos executivos do MorumbiShopping, que apadrinharam a ideia. Recentemente, foi elaborado um plano de expansão por franquias. A primeira unidade nesse formato foi aberta no shopping Cidade Jardim.

“Maria Eduarda criou um conceito de serviço que não existia nos shoppings”, diz Filomena Garcia, diretora da Franchise Store. “O desafio agora é crescer mantendo o padrão, com funcionários preparados para lidar com pais exigentes.”

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