Cargo X, startup brasileira de transportes, recebe aporte de R$ 15 milhões
Segundo a companhia, os recursos serão usados para ajudar com capital de giro transportadoras afetadas pelos efeitos da pandemia do coronavírus
Reuters
Publicado em 17 de junho de 2020 às 14h46.
Última atualização em 17 de junho de 2020 às 14h51.
A startup brasileira de logística Cargo X, que conecta cargas a transportadores, anunciou nesta quarta-feira que recebeu um aporte de 15 milhões de reais da Pattac Empreendimentos.
Segundo a companhia, os recursos serão usados para ajudar com capital de giro transportadoras afetadas pelos efeitos da pandemia do coronavírus e que operam no marketplace da startup.
A Cargo X tem 450 empregados e conecta cerca de 20 mil empresas de transportes e 400 mil caminhoneiros a cargas, além de oferecer serviços financeiros e de tecnologia.
"A Pattac é um dos maiores investidores em infraestrutura da América Latina e atua há mais de 70 anos no setor, o que traz expertise e sinergias que permitirão acelerar a expansão da Cargo X no Brasil e no resto do continente", afirmou em nota o presidente da Cargo X, Federico Vega.
Com o transporte de cargas fortemente fragmentado entre pequenas transportadoras e caminhoneiros autônomos, o setor há anos tem sentido ainda mais fortemente os efeitos da baixa atividade econômica, o que derrubou os preços dos fretes. O cenário foi agravado recentemente pela queda da atividade econômica provocada pelos efeitos da pandemia.
O anúncio ocorre pouco mais de dois meses após a empresa ter recebido outra rodada de 430 milhões de reais liderado pela LGT Lightstone. A Cargo X já captou mais de 920 milhões de reais de investidores, também incluindo Farallon Capital, Valor Capital, Goldman Sachs, BlackStone e Soros Fund Management.
A Cargo X afirma ter intermediado a movimentação de cerca de 80 bilhões de reais em fretes no ano passado. Para 2020, a startup quer dobrar o número de transportadores na sua rede.
Outra empresa do setor, a BBM Logística, que tem crescido com ajuda de aquisições de transportadoras de pequeno e médio portes, pediu no começo deste ano registro para fazer uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na B3, mas suspendeu os planos após a pandemia.