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Bancário abandona carreira para vender esfihas de triciclo

Eduardo Dessandes percebeu uma oportunidade de negócio e decidiu largar uma carreira estável. Agora, sua rede planeja faturar mais de R$ 1 milhão

Eduardo Dessandes e triciclo da Mr. Esfiha: empreendedor já foi atleta profissional de golfe e bancário (Mr. Esfiha/Divulgação)

Mariana Fonseca

Publicado em 1 de julho de 2017 às 08h00.

Última atualização em 1 de julho de 2017 às 08h00.

São Paulo – Não é fácil abandonar uma carreira estável para investir em uma ideia de negócio . Especialmente para Eduardo Dessandes: o morador do Espírito Santo virou bancário justamente buscando segurança, após ter uma profissão tão instável como atleta profissional de golfe.

Ele até chegou a jogar nos Estados Unidos. Por conta da idade e da dificuldade em obter patrocinadores para bancar competições, Dessandes retornou ao Brasil em 2008 e se tornou bancário.

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“Mesmo assim, sempre comercializei produtos importados. Aproveitava qualquer oportunidade para conseguir uma renda extra. Então, acho que a ideia de empreender estava dentro de mim durante todo esse tempo”, conta.

Um dia, um amigo de Dessandes levou esfihas como almoço durante uma partida casual de golfe. “Vi um diferencial no produto – tinha qualidade, sabor e simplicidade. Quando comi me veio a sacada de vender no litoral de Grande Vitória”, afirma Dessandes.

O futuro empreendedor fez uma grande encomenda com esse fornecedor e fez o teste de mercado na praia. “No primeiro final de semana, foi um sucesso: vendemos tudo o que encomendamos. O fornecedor virou meu funcionário e de fato comecei o negócio.”

O ano era 2012. Dessandes decidiu, então, abandonar de vez seu emprego no banco para se dedicar ao empreendedorismo .

Assim nasceu a Mr. Esfiha: uma rede de franquias de triciclos que comercializam esfihas de sabores como calabresa com catupiry, carne, frango com catupiry, palmito na massa integral e ricota com espinafre na massa integral, além de opções doces como banana com canela.

Food truck

No segundo final de semana de operação, a Mr. Esfiha alugou uma barraca para vender na mesma praia. O negócio ia bem, até que a alta temporada acabou e a demanda diminuiu.

“Tivemos de buscar alternativas de locais de venda. Aí me lembrei dos food trucks, que havia visto nos Estados Unidos enquanto jogava golfe profissionalmente”, conta Dessandes. “Vimos que havia um mercado potencial, compramos um truck e montamos uma cozinha industrial. Fomos para pontos em que nosso produto teria demanda.”

Segundo Dessandes, os food trucks ainda não eram muito conhecidos em Vitória – os comerciantes com ponto fixo tinham medo da concorrência e operar na rua não era algo tão definido legalmente.

Mas, com o tempo, a Mr. Esfihas foi se popularizando. Em 2016, o faturamento foi de 360 mil reais – e os pedidos de franquia começaram a aparecer.

Franquias de triciclo e planos de expansão

“Começamos a pensar em qual seria o melhor formato de franqueamento. Não queríamos passar as dificuldades que temos no nosso food truck: esse mercado ficou um pouco saturado, com poucos pontos a serem trabalhos, e o faturamento varia com a meteorologia.”

Conversando com a fornecedora de triciclos Motocar, o empreendedor teve a ideia de abrir uma franquia com triciclos. “Pensando em crise, o investimento inicial e espaço de instalação menores são atrativos para os futuros franqueados”, afirma.

A primeira franquia foi lançada em novembro de 2016, no Aeroporto de Vitória. Enquanto o food truck é mais focado em eventos, como aniversários e casamentos, o formato de triciclo (chamado carinhosamente de “tuk tuk”) atua como um quiosque, estacionado em um ponto.

O faturamento médio mensal da unidade é de 50 mil reais. Outros dois tuk tuks estão em processo de abertura, para shoppings.

A projeção da Mr. Esfihas é inaugurar cinco unidades no segundo semestre, todas em São Paulo – estado alvo da rede. Com isso, o faturamento do ano é projetado em 1,3 milhão de reais.

Mr. Esfiha (tuk tuk)
Investimento inicial: 85 mil reais
Prazo de retorno: 10 a 12 meses

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