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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.
O empresário Jimmy Cygler, de 58 anos, reduziu a rotatividade de pessoal da Proxis, de São Paulo, empresa de call center que ele fundou em 2005, ao mudar o ponto de vista do qual ele enxergava o problema. Em média, um atendente não ficava mais que um ano no emprego. "O pior é que não adiantava nem oferecer aumento", diz Cygler. "A concorrência cobria a proposta e o funcionário pedia as contas do mesmo jeito." Depois de muitas tentativas de segurar os funcionários, ele percebeu que poderia haver algo além do salário capaz de manter os atendentes na Proxis. Nas conversas com eles, Cygler descobriu que muitos demoravam até 3 horas no deslocamento para o trabalho -- e que a distância entre a casa e a empresa pesava bastante na decisão de pedir demissão. "Aquilo me fez perceber que eu estava olhando o problema de forma errada", diz Cygler. Por isso, desde julho de 2007, a Proxis contrata funcionários que demorem no máximo 1 hora para chegar à sua sede, no bairro paulistano do Brooklin. Implantada há nove meses, a política fez a rotatividade cair de 8% para 5,7%. Os custos com vale-transporte também diminuíram, e hoje a empresa desembolsa 12% menos com esse benefício. "Agora que o entra-e-sai está diminuindo, acredito que podemos economizar bastante com treinamento", diz Cygler.
Lucas Amorim
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