Americana Lime chega ao Brasil em 2019 para entrar na guerra das patinetes
Com menos de dois anos, empresa já vale mais de 1 bilhão de dólares e briga pela liderança do mercado americano com a Bird
Naiara Bertão
Publicado em 12 de dezembro de 2018 às 17h06.
Última atualização em 13 de maio de 2019 às 17h35.
A Lime, empresa americana de compartilhamento de patinetes elétricas , está desembarcando no Brasil no início de 2019. A primeira cidade a receber os equipamentos será São Paulo . Por ora, trará apenas patinetes, mas ela já opera bicicletas compartilhadas em outros países, como Estados Unidos.
No Brasil, chega para competir no promissor mercado de transporte compartilhado junto com a Yellow, Grin e Scoo. A Lime já está contratando profissionais no país para montar sua equipe de operações. O lançamento oficial ainda não tem data, mas deve acontecer no início de 2019.
“No Brasil, cada vez mais pessoas procuram novas formas de se movimentarem dentro das cidades e valorizam os produtos que se adaptam às suas necessidades e, acima de tudo, que sejam ecologicamente sustentáveis. A Lime oferece transporte acessível para deslocamentos de curta distância e vira uma solução de mobilidade”, diz Paulo Henrique Ferreira, diretor de operações da Lime Brasil.
Fundada em janeiro de 2017 em San Mateo, na Califórnia, pelos amigos Toby Sun e Brad Bao, a Lime recebeu em julho um aporte de 335 milhões de dólares, que lhe conferiu um valor de mercado de 1,1 bilhão de dólares.
A rodada chamou a atenção não apenas pelo dinheiro, mas pelo principal investidor: o Uber. O Uber já tinha investido no início do ano em outra startup de transporte, a Jump, focada em compartilhamento de bicicletas. Participaram da rodada os fundos GV, braço de investimentos da Alphabet, holding do Google, além de IVP, Atomico, Fidelity e outros. Ao todo, já captou 467 milhões de dólares desde que foi fundada.
Nos Estados Unidos, sua principal concorrente é a Bird Rides, fundada por um ex-executivo do Uber, Travis VanderZanden, avaliada em mais de 2 bilhões de dólares. No Brasil, três competidores já estão com os patinetes na rua: Yellow, que também tem o serviço de bicicleta compartilhada, a startup mexicana de patinetes elétricas Grin, que entrou no país através de uma parceria com a empresa de entregas Rappi, e a brasileira Scoo.
Além de sede na Califórnia, a Lime tem escritórios também em Amsterdã. Além dos EUA e Holanda, seus patinetes rodam atualmente em mais de 120 localidades, como França, Alemanha, Reino Unido, Austrália, México e no último mês estreou em Santiago, no Chile. Lá fora, cada corrida custa 1 dólar para iniciar e mais 0,15 centavos de dólar por minuto.