Amália Sina, ex-presidente da subsidiária brasileira da Philip Morris e da Philips Walita, acaba de fechar uma parceria inovadora com o empreendedor Luiz Chacon. Sua empresa, a Sina Cosméticos, desenvolve produtos para cabelo e corpo. A Superbac, de Chacon, faz tratamento de resíduos por meio de bactérias. Com o acordo, os produtos da Sina poderão receber bactérias selecionadas pela Superbac. "Dessa forma, um xampu, por exemplo, não vai gerar resíduos que possam fazer mal ao meio ambiente", diz Amália. 

Com o acordo, a Superbac passa a ter uma participação de 7% na Sina. Por sua vez, Amália já vem trabalhando para a Superbac, como consultora. A estratégia é que a ex-executiva traga sua grande experiência com marketing, adquirida nas multinacionais por onde passou, para a Superbac. 

Para a empresa de Amália, a nova tecnologia é fundamental para expandir rapidamente no setor. Hoje a Sina já exporta 80% da produção para países como Estados Unidos e Alemanha. A inclusão de produtos amigáveis ao meio ambiente pode ajudá-la a entrar em mercados mais competitivos.

Para a Superbac, a parceria também é estratégica. Hoje a empresa, que faturou 6 milhões de reais no ano passado, é fornecedora exclusiva da JohnsonDiversey, um dos maiores grupos americanos do setor de higiene e limpeza.Outras grandes empresas, como Unilever, Natura e Coca-Cola, também utilizam a tecnologia da Superbac. A parceria com a Sina pode ser a primeira de outras iniciativas entre a Superbac e marcas para o consumidor final - o que poderia abrir muitas oportunidades de crescimento para a Superbac. "Os dois lados têm muito a ganhar com esse acordo", diz Chacon.